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EUA estão perto de admitir fracasso nas conversas com Irã, alega Israel

Presidente dos Estados Unidos Joe Biden na Casa Branca, em Washington DC, 25 de abril de 2022 [Yasin Öztürk/Agência Anadolu]

Fontes israelenses alegaram nesta terça-feira (26) que os Estados Unidos estão mais perto do que nunca de admitir derrota nos esforços do presidente Joe Biden para restaurar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), conhecido como acordo nuclear iraniano de 2015.

As informações são do jornal em hebraico Israel Hayom.

“A chance de as partes assinarem um acordo no futuro próximo míngua exponencialmente”, afirmou um oficial israelense em condição de anonimato.

Outra fonte afirmou à rádio estatal Kan que a Casa Branca “está muito mais propensa hoje do que no passado” em admitir que as negociações devem fracassar.

As conversas entre Teerã e potências globais, realizadas na cidade de Viena, foram suspensas há seis semanas, devido à demanda iraniana de a Guarda Revolucionária seja retirada da lista de órgãos terroristas dos Estados Unidos.

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Na última semana, um diplomata israelense sugeriu que a Casa Branca notificou seus parceiros europeus que não há intenção de remover a unidade militar iraniana da lista de sanções.

Na segunda-feira (25), Teerã prometeu um novo encontro, como parte do diálogo direto com Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia; Washington participa indiretamente.

“É apropriado que um encontro presencial seja realizado assim que possível”, insistiu Saeed Khatibzadeh, porta-voz da chancelaria iraniana. “Ainda não foi decidido onde, quando e em qual nível conduzir a reunião; porém, está na agenda”.

O tratado de 2015 atenuou sanções contra a república islâmica, em troca de restrições sobre seu programa de desenvolvimento atômico. Em 2018, o então presidente americano Donald Trump revogou unilateralmente o acordo e restituiu duras sanções econômicas.

Teerã respondeu ao recuar gradualmente de seus compromissos sobre enriquecimento de urânio, estabelecidos sob o pacto global.

Segundo o Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken, um retorno ao acordo nuclear é a “melhor maneira” de confrontar o que descreveu como ameaça iraniana.

“Continuamos a crer que retornar ao acordo é a melhor maneira de enfrentar o desafio nuclear imposto pelo Irã e assegurar que o país, que já age de maneira incrivelmente hostil, não possua armas nucleares”, declarou Blinken ao Comitê de Relações Exteriores do Senado.

“Chegar a um consenso com Teerã sob sua pauta nuclear não afeta a capacidade de Washington de confrontar outras atividades maléficas”, reiterou o chanceler.

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