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Emirados condena israelo-palestina à morte; Tel Aviv ‘não pode viver’ com a sentença

Bandeiras dos Emirados Árabes Unidos, Israel e Estados Unidos em 31 de agosto de 2020 [Karim Sahib/AFP/Getty Images]
Bandeiras dos Emirados Árabes Unidos, Israel e Estados Unidos em 31 de agosto de 2020 [Karim Sahib/AFP/Getty Images]

Um tribunal nos Emirados Árabes Unidos (EAU) condenou uma mulher israelense de Haifa à morte por tráfico de drogas, reportou sua advogada na quarta-feira (6). Neste entremeio, a chancelaria em Tel Aviv prometeu trabalhar com seu novo parceiro do Golfo para poupá-la.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Fidaa Kiwan foi presa em Dubai no último ano por supostamente comercializar 50 gramas de cocaína e 500 gramas de marijuana, afirmou sua advogada, Tami Ullman.

“O Estado de Israel não pode viver com um de seus cidadãos sob pena capital – sobretudo por um delito que levaria, em nosso país, a apenas alguns anos de prisão”, insistiu Eyal Siso, oficial responsável pelo bem-estar de cidadãos no exterior para o ministério israelense.

Israel e Emirados normalizaram laços em 2020, sob o chamado Acordo de Abraão, promovido pelo então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Embora diversos crimes sejam passíveis de pena capital nos Emirados, o veredito raramente é implementado. As últimas duas execuções conhecidas no país ocorreram em 2015, contra um réu de terrorismo e homicídio, e 2017, pelo estupro e assassinato de uma criança.

A chancelaria emiradense não comentou o caso da cidadã israelense até então.

Ullmann observou trabalhar com um advogado radicado nos Emirados para registrar um recurso contra a sentença, a fim de reduzir a pena. Deste modo, pediu ajuda ao governo israelense.

Em 2020, Israel assegurou a soltura de um de seus cidadãos condenados na Rússia, também por tráfico de drogas, após uma campanha de alto perfil.

“É Ramadã, queremos que Fidaa volte para a casa”, declarou à Reuters uma amiga de infância da fotógrafa israelo-palestina de 43 anos.  “Tudo que queremos é anistia, queremos ela viva”.

LEIA: Facções palestinas condenam ‘cúpula da vergonha’ realizada em Israel

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