As Nações Unidas alertaram na segunda-feira que as necessidades humanitárias do Sudão estão aumentando para “níveis sem precedentes”, citando a crise econômica, os prolongados períodos de seca e as chuvas instáveis do ano passado, informou a Agência Anadolu.
“Espera-se que o número de pessoas [no Sudão] enfrentando insegurança alimentar aguda dobre, passando de 9,8 milhões de pessoas no ano passado para 18 milhões de pessoas em setembro deste ano”, disse Farhan Haq, vice-porta-voz do secretário-geral, durante uma coletiva de imprensa, em Nova Iorque. Ele acrescentou: “A produção agrícola e pecuária caiu pela metade em 14 estados do Sudão em comparação com a média dos últimos cinco anos”.
De acordo com o funcionário da ONU, a produção doméstica de cereais só pode cobrir as necessidades de menos de dois terços da população de 42 milhões de pessoas, deixando muitos dependentes da assistência alimentar humanitária.
O conflito na Ucrânia causou novos aumentos nos preços dos alimentos, em que o preço do trigo aumentou 180 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a mesma fonte.
Haq disse que os parceiros da ONU estão pedindo mais de US$ 1,9 bilhão para ajudar 14,3 milhões de pessoas no Sudão este ano, observando que, até o momento, apenas 9 por cento do plano foi financiado.
![Um homem sudanês colhe sorgo perto de Gedaref, sudeste do Sudão, em 8 de dezembro de 2020 [Yasuyoshi Chiba/AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2022/04/GettyImages-1230019869-scaled-e1649239576941.webp)