Neste domingo (13), Teerã reivindicou responsabilidade por um ataque realizado com mísseis de precisão contra “instalações israelenses” na região de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, no norte do país.
Em nota, o gabinete de relações públicas da Guarda Revolucionária do Irã assumiu os disparos da madrugada de sábado (12), ao alegar retaliação por um ataque israelense no território sírio, que resultou na morte de dois de seus membros.
A Guarda Revolucionária alertou Tel Aviv sobre “respostas duras, decisivas e destrutivas” caso mantenham suas operações na Síria. Conforme o comunicado, o ataque de ontem alvejou um “centro estratégico de conspirações” instalado por Israel em Erbil.
A nota destacou que agentes de segurança do Irã são a “linha vermelha” das Forças Armadas.
A unidade de contraterrorismo do Governo Regional do Curdistão reportou que uma dezena de mísseis balísticos atingiram Erbil. Disparados do leste do Iraque, os ataques atingiram um bairro na direção do consulado dos Estados Unidos; contudo, sem baixas.
O Ministério do Interior do Curdistão, não obstante, anunciou que uma pessoa sofreu ferimentos leves. Alguns edifícios e casas foram danificados.
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“Numerosos ataques em Erbil foram executados nesta noite, mas nenhum dos mísseis atingiu o novo consulado dos Estados Unidos na cidade, em construção”, reiterou Lawk Ghafuri, chefe de relações com a imprensa estrangeira do governo curdo.
Omed Khoshnaw, governador de Erbil, alegou à televisão local que um “atentado terrorista” foi executado contra o consulado dos Estados Unidos. O primeiro-ministro curdo Masrour Barzani condenou o ataque: “Erbil não se curvará aos covardes. Repudiamos veementemente o ataque terrorista contra diversas partes de nossa cidade”.
O premiê iraquiano Mustafa al-Kadhimi argumentou nas redes sociais que o atentado teve como alvo a segurança das pessoas e prometeu investigações sobre o caso. “Nossas forças investigarão este ataque; resistiremos a ataques contra a segurança de nossas cidades e o bem-estar de nosso povo”.
O Ministério de Relações Exteriores da Turquia ressoou seu repúdio: “Tais atos para prejudicar a paz e estabilidade no Iraque são absolutamente inaceitáveis … A Turquia permanece ao lado do Iraque na sua luta contra o terrorismo”.
Os membros da Guarda Revolucionária mortos nos subúrbios de Damasco foram identificados como os coronéis Ehsan Karbalaipur e Morteza Saeednejad. “Sem a menor dúvida, a ocupação pagará o preço por este crime”, alertou a unidade de elite do exército iraniano.
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