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Egito executa sete presos políticos, diz grupo de direitos humanos

Um grupo de pessoas se reúne para protestar contra as execuções no Egito, em frente ao New York Times Building, em Nova Iorque, Estados Unidos, em 02 de março de 2019 [Atılgan Özdil/Agência Anadolu]

A organização de direitos humanos We Record revelou que documentou a execução de sete cidadãos egípcios nos últimos dias, observando que esse é o primeiro incidente de execuções em um caso politicamente motivado desde o início do ano.

Em comunicado publicado no Facebook, a organização disse que as execuções de Abdullah Shukri Ibrahim Abdel-Maboud, Mahmoud Abdel-Tawab Morsi, Mahmoud Abdel-Hamid Al-Junaidi e Ahmed Salama Ali Ashmawi ocorreram na terça-feira, todos os quais foram “motivados politicamente e sem padrões de justiça”, acrescentou a We Record.

Três dos corpos foram liberados, explicou, mas o corpo de Abdullah Shukri Ibrahim foi detido.

O Tribunal de Cassação do Egito manteve o veredito de culpado contra os detidos, sob a acusação de “se juntar a um grupo terrorista estabelecido em violação às disposições da lei e da Constituição, possuir armas e explosivos, realizar várias operações terroristas e assassinar um oficial e sete policiais do Departamento de Polícia de Helwan na capital egípcia [Cairo], realizando operações terroristas na área de Munib [governação de Gizé] e o assalto à mão armada aos correios de Helwan”.

Além disso, postou no Twitter que Bilal Ibrahim Sobhi Farhat, Mohamed Hassan Ezzedine Mohamed Hassan e Taj al-Din Mu’nis Muhammad Muhammad Hamida também foram executados. Eles estavam sendo julgados no caso do Departamento de Polícia de Gizé, no qual outros dez detidos foram executados em 3 de outubro de 2020.

Nos últimos anos, tribunais egípcios condenaram milhares de pessoas à morte no que organizações de direitos humanos disseram ser medidas tomadas em retaliação contra opositores do golpe militar do presidente Abdel Fattah Al-Sisi.

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