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Enviada do ACNUR, Angelina Jolie conversa com houthis

A enviada especial Angelina Jolie do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados encontra refugiados somalis que fugiram de suas casas e encontraram segurança no Iêmen, em 6 de março de 2022 em Aden, Lahej, Iêmen [Marwan Tahtah/ACNUR via Getty Images]

A Embaixadora da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e estrela de Hollywood, Angelina Jolie, conversou ontem com o ministro das Relações Exteriores Houthi, Hisham Sharaf, em Sanaa, informou a agência de notícias Saba alinhada aos houthis.

Sharaf destacou as lutas dos iemenitas “oprimidos que vivem sob cerco há sete anos”.

Sharaf disse que há lados que querem que a guerra no Iêmen continue apesar da “opressão e do sofrimento infligidos aos iemenitas”.

A visita de Jolie teve como objetivo chamar a atenção para as crescentes necessidades humanitárias no Iêmen e ajudar a mobilizar o apoio global para a ajuda antes de uma conferência de alto nível para anunciar doações para o Iêmen programada para 16 de março.

Jolie se encontrou com refugiados e famílias iemenitas deslocadas e mulheres. Testemunhas relataram que ela começou a chorar quando viu as condições de vida em que mulheres e crianças são forçadas a viver.

“Enquanto continuamos a assistir aos horrores que se desenrolam na Ucrânia e pedimos o fim imediato do conflito e o acesso humanitário, estou aqui no Iêmen para apoiar as pessoas que também precisam desesperadamente de paz”, Jolie escreveu nas redes sociais no início de sua viagem.

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“A situação aqui é uma das piores crises humanitárias do mundo, com um civil morto ou ferido a cada hora em 2022. Uma economia devastada pela guerra e mais de 20 milhões de iemenitas dependendo da assistência humanitária para sobreviver”, acrescentou.

Ela já visitou a capital do sul, Aden.

O Iêmen foi engolido pela violência e pela guerra desde 2014, quando os houthis alinhados ao Irã capturaram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa.

O conflito criou uma das piores crises humanitárias do mundo, com quase 80 por cento do país, ou cerca de 30 milhões de pessoas, precisando de assistência e proteção humanitária e mais de 13 milhões correndo o risco de morrer de fome, segundo estimativas da ONU.

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