Suécia condena mãe por ‘crimes de guerra’ após seu filho ser recrutado na Síria

Uma cidadã sueca foi considerada culpada por “crimes de guerra” por não impedir que seu filho de 12 anos de idade se tornasse soldado na Síria, onde foi morto durante a guerra civil, segundo informações da agência de notícias Reuters. A mãe, no entanto, nega as acusações.

“A corte distrital de Estocolmo condenou Lina Ishaq a seis anos de prisão por grave violação da lei internacional, incluindo crime de guerra”, confirmaram os juízes em comunicado.

“Lina Ishaq, em sua capacidade de tutora, omitiu-se em impedir seu filho Joan, de 12 a 15 anos, de ser recrutado por agentes desconhecidos, então utilizado como soldado em nome do Estado Islâmico [Daesh], durante o conflito armado na Síria”, declarou o veredito.

A mulher de 49 anos, que retornou da Síria ao estado europeu em 2020, é a primeira pessoa a ser indiciada na Suécia por supostamente amparar o recrutamento de seu próprio filho, menor de idade, como soldado a grupos terroristas.

O menino nasceu em 2001 e faleceu em 2017.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), recrutar e empregar crianças de 15 anos ou menos durante conflitos armados é proibido pela lei humanitária internacional e denota crime de guerra, a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional.

Sob a lei federal da Suécia, os tribunais podem indiciar pessoas por violações da lei internacional cometidas no exterior.

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