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Equipe da Agência Anadolu facilita a evacuação de estudante turco retido em Kiev

Barricadas são montadas em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 3 de março de 2022 [Aytaç Ünal/Agência Anadolu]

A equipe da Agência Anadolu em serviço na capital ucraniana devastada pela guerra, Kiev, ajudou, na sexta-feira, a evacuar um estudante turco que estava preso em meio aos ataques russos em andamento, relatou a Agência Anadolu.

Ibrahim Oruk, que estuda na Ucrânia há cinco anos, disse que queria deixar Kiev logo após o início dos ataques russos, mas não conseguiu.

A pedido da família Oruk – que perdeu o contato com o estudante – à sede da Agência Anadolu em Ancara, os correspondentes em campo conseguiram entrar em contato com o jovem para ajudá-lo a fugir com segurança do país através dos canais da embaixada turca entrando no trem de evacuação.

Os correspondentes pegaram o estudante em seu dormitório em Kiev sob o som de sirenes alertando sobre um ataque aéreo das forças russas e o levaram para a Embaixada da Turquia em Kiev.

 

No caminho para a embaixada, Oruk disse: “Eu estava em casa no primeiro dia quando a guerra começou. Então as sirenes começaram, seguidas de sons de bombas. Mais tarde, ouvi dizer que havia um abrigo sob o antigo dormitório. Fui lá. Mais tarde, tentei sair, mas não houve oportunidade”.

Observando que viu as mensagens da embaixada sobre trens e ônibus de evacuação, Oruk disse que o táxi e os ônibus não estavam funcionando.

“Os táxis de trabalho começaram a pedir US$ 300 em vez de uma taxa padrão de 100-200 liras turcas (US$ 7 a US$ 14). É por isso que não pudemos ir. Agora, você (equipe da Agência Anadolu) me pegou. Estou grato por isso, obrigado”, disse ele.

Não conseguiu sair de Kiev antes

Observando que ele tentou antes ir com seus dois amigos para a estação de trem de táxi, Oruk disse que o carro deles foi parado pelas forças ucranianas locais em um posto de controle na rua.

“Eles nos derrubaram, depois disso, bateram na cabeça do motorista, embora ele fosse ucraniano. Já havia sangue saindo da cabeça do motorista. Então, quando tentei tirar o passaporte do bolso, eles me algemaram para trás. Mais tarde, depois de mostrar nossos documentos, eles nos soltaram e tivemos que voltar para o dormitório”, disse ele.

Falando sobre a gravidade dos ataques russos em Kiev, Oruk disse que duas explosões foram ouvidas há dois dias perto de seu dormitório.

“O impacto da explosão também foi sentido em nosso dormitório. Primeiro, uma luz apareceu, mas não entendemos (o que era), pensamos que estava vindo de longe. Mas depois de cinco a 10 segundos, as portas começaram a tremer e as janelas começaram a quebrar. Não conseguíamos sentir muito, porque estávamos no abrigo. Então, ouvimos os sons das bombas”, acrescentou.

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Oruk e outros cidadãos turcos que chegam ao prédio da embaixada devem deixar Kiev de trem, em um vagão preparado para a evacuação de cidadãos turcos.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, anunciou na quinta-feira (03) que o número de cidadãos turcos evacuados da Ucrânia era de 9.653.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia levou à indignação internacional, com a UE, os EUA, o Reino Unido e outros implementando duras sanções financeiras contra Moscou.

Mas o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” durará até que todas as metas estabelecidas sejam alcançadas. Ele disse que lançou a guerra em 24 de fevereiro para “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia.

Segundo dados da ONU, pelo menos 249 civis foram mortos e 553 feridos na Ucrânia desde o início da guerra.

Mais de 1,2 milhão de pessoas também fugiram da Ucrânia para países vizinhos, disse a agência de refugiados da ONU.

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