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Alemanha envia armas de fábrica israelense para a Ucrânia

Panzerfaust 3-IT [DND/Divulgação]

Ao quebrar uma tradição que vem desde o fim da II Guerra Mundial e enviar armas para um conflito externo, a Alemanha autorizou a remessa de armas da empresa Dynamit Nobel Defense, uma subsidiária no país da Rafael Advanced Defense System de Israel, para a Ucrânia.

Trata-se da arma antitanque Panzerfaust 3-IT, um foguete portátil com granada que pode penetrar 70 cm em uma barreira de aço ou blindagem reativa explosiva, podendo destruir os tanques soviéticos T-72 e T-80 se atingidos.

Para isso, deve estar posicionada a uma distância de até 600 metros do alvo parado, ou 300 metros se estiver em movimento, sendo manejada por um único combatente.

Não apenas veículos e plataformas podem ser alvo, mas também drones estacionários.

LEIA: A crise na Ucrânia expõe a hipocrisia de Israel e seus aliados sionistas

A autorização para envio da arma, de acordo com o Jerusalém Post, foi dada pelo chanceler alemão Olaf Scholz. Não foi preciso envolver ou consultar Israel porque o equipamento fabricado pela empresa israelense foi desenvolvida antes da compra da subsidiária em 2004, e foi financiada por Berlim.

A Alemanha mantinha a tradição de não se envolver em ações militares que não contassem com a aprovação da ONU e, desde a II Guerra, não tem uma tradição de investimento no seu Exército.  Em 2014, um grupo de militares alemães da Bundeswehr, como é conhecido o Exército alemão, se juntou à Força de Reação Rápida da Otan, criada para responder à intervenção russa nos conflitos que levaram à independência da Crimeia da Ucrânia.

A BBC registra o espanto dos militares de outros países porque, como a Alemanha não contava com fuzis suficientes para todo o seu efetivo, tacos de madeira pintados de preto e carregados por seus soldados.

A Alemanha não participou da ofensiva dos Estados Unidos, França e Reino Unido na Síria após denúncia de que as forças do presidente Bashar al-Assad estariam utilizando armas químicas contra a população.

A guerra na Ucrânia forçou uma mudança para acompanhar os demais países da Europa que se engajaram na defesa da Ucrânia. No sábado, o governo alemão disse que a situação é um ponto de virada porque ameaça a ordem do pós-guerra e impõe ao país o dever de   fazer o máximo para apoiar a Ucrânia na defesa contra o exército invasor de Vladimir Putin”.

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