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África do Sul pode adotar ‘ações diretas’ contra Israel

Membros do Sindicato Geral de Trabalhadores da Indústria da África do Sul (GIWUSA) marcham junto de associações políticas e civis em solidariedade ao povo palestino, na cidade de Joanesburgo, 27 de janeiro de 2022 [LUCA SOLA/AFP via Getty Images]

A África do Sul está analisando medidas mais rigorosas contra o estado israelense, para manifestar seu “descontentamento” com a continuidade de políticas racistas contra os palestinos, afirmou o Ministro de Cooperação e Relações Internacionais Naledi Pandor.

Durante encontro com parlamentares, a chanceler confirmou que seu governo emitiu ordens para reduzir o nível de operações conduzidas pela embaixada de Israel.

Em 15 de maio de 2018, a África do Sul retirou seu embaixador de Tel Aviv após uma repressão brutal contra protestos palestinos pelas forças da ocupação, na qual 55 pessoas morreram e ao menos 2.700 manifestantes ficaram feridos.

“Estamos estudando os últimos relatórios de direitos humanos referentes às autoridades da ocupação israelense”, insistiu Pandor. “Esperamos que o Conselho Ministerial assuma ações diretas contra as práticas racistas documentadas nos territórios palestinos”.

“É fato que temos relações diplomáticas com Israel, mas isso não significa que permitiremos sua integração à União Africana”, prosseguiu a ministra, ao reiterar a veemente oposição de seu país à presença israelense no bloco como membro-observador.

LEIA: A África não deve abandonar a Palestina e conceder a Israel o status de observador

Pandor justificou sua postura como oriunda da própria Carta Fundadora e Constituição da União Africana, que repudia qualquer forma de colonialismo, racismo ou discriminação.

Pandor destacou os valores e a resistência histórica de seu país contra políticas de discriminação e colonização, ao insistir na responsabilidade sul-africana de proteger comunidades oprimidas e marginalizadas em todo o mundo.

Segundo a ministra, ao menos 24 estados-membros compartilham dessa oposição.

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