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Organização Médicos Sem Fronteiras diz que ajudou a tratar afluxo de feridos no Iêmen

Um iemenita inspeciona a cena de ataques aéreos supostamente realizados por aeronaves da coalizão liderada pela Arábia Saudita em Sanaa, Iêmen, 18 de janeiro de 2022 [Mohammed Hamoud/Getty Images]

Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse ontem que recebeu um influxo de pessoas com ferimentos relacionados à guerra após os combates entre as forças do governo pró-iemenita e os houthis na província de Hajjah.

“Há um grande fluxo de feridos relacionados à guerra após a intensificação dos confrontos nas frentes de Haradh e Bani Hassan na província de Hajjah”, apontou o MSF em comunicado.

“O Hospital Abs, apoiado pela organização, recebeu um grande fluxo de feridos, e suprimentos médicos adicionais foram enviados ao hospital para aumentar sua capacidade de responder a situações de emergência”, acrescentou.

Mais cedo ontem, o exército iemenita anunciou, em um comunicado, a morte de 50 houthis e a derrubada de dez drones com armadilhas na província de Hajjah.

O empobrecido Iêmen é assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando os houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa. A crise aumentou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma campanha aérea devastadora com o objetivo de reverter os ganhos territoriais houthis.

A guerra, na qual os Estados Unidos e o Reino Unido apoiam a coalizão liderada pela Arábia Saudita, custou a vida de mais de 377.000 iemenitas e deixou 80 por cento da população – cerca de 30 milhões de pessoas – dependente de ajuda para sobreviver, segundo dados da ONU. Como resultado, o organismo internacional descreveu a situação no Iêmen como a pior crise humanitária do mundo.

LEIA: Iêmen pede ação internacional para crise humanitária no país

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