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Demissões na DW reafirmam acusações de perseguição a jornalistas críticos a Israel na Alemanha

Farah Maraqa [farahmaraqa.com] e| Nemi El-Hassan ´[Instagram]

O Euro-Med Monitor, com sede em Genebra, disse em um comunicado à imprensa que “desde que o parlamento alemão aprovou uma resolução descrevendo a campanha de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel como antissemita, o país testemunhou campanhas crescentes destinadas a confundir anti-sionismo com antissemitismo e criminalizando as críticas às violações israelenses contra os palestinos.

A emissora pública internacional alemã estatal Deutsche Welle (DW) está sendo acusada de expulsar arbitrariamente jornalistas palestinos e árabes alegando antissemitismo, o que vem aumentando a polêmica.

No início deste mês, o canal anunciou a suspensão de alguns de seus funcionários árabes e trabalhadores autônomos no exterior, e que seria aberta uma investigação, com a participação da ex-ministra da Justiça alemã Sabine Luthuser Schnärnberger e o psiquiatra Ahmed Mansour.

Os cinco jornalistas árabes, incluindo dois palestinos, que foram expulsos pelo canal por publicar publicações críticas a “Israel” são “Farah Maraqa”, “Daoud Ibrahim”, “Bassel Aridi”, “Murhaf Mahmoud”, “Maram Salem”.

Pouco antes deste anúncio, a Rádio da Alemanha Ocidental havia suspendido o programa científico “Quarkat” apresentado por Nimi Al-Hassan, jornalista alemão de origem palestina, devido a alegações semelhantes de “anti-Israel.

LEIA: Agência alemã é acusada de usar falsa alegação de antissemitismo para despedir jornalistas

 As campanhas de difamação são baseadas em muitas imprecisões (rejeição de uma opinião particular em vista de seus adeptos), ou destacando seletivamente textos antigos dos jornalistas visados ​​que podem não necessariamente representar suas tendências atuais, ou deliberadamente interpretando mal ou tirando suas palavras do contexto para invocar acusações de anti-semitismo.

Por exemplo, a jornalista palestina e jordaniana Farah Maraqa, que foi suspensa pela “Deutsche Welle”, foi submetida a uma campanha de difamação que destacou seletivamente dois artigos que ela escreveu há sete anos. Ela publicou em sua conta no Twitter que eles a expulsaram de seu trabalho na rede sem explicar os motivos ou entregar os resultados da investigação.

MSalem disse em um post em sua conta no Facebook: “Agora fui informada da decisão de minha demissão da Deutsche Welle, depois que um jornalista alemão publicou uma reportagem me acusando, junto com outros colegas, de antissemitismo, devido a mensagens publicadas no Facebook. Ela explicou: “O que aconteceu comigo é uma clara violação da liberdade de expressão,  slogan que (Deutsche Welle) sempre repete. Nno meu caso, minha publicação não continha nenhuma expressão antissemita, e não mencionou Israel, mas falou sobre liberdade de expressão apenas na Europa”.

LEIA: Liberdade de expressão sobre a Palestina está sendo suprimida, diz carta ao The Guardian

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