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Oposição síria realiza conferência no Catar contra normalização com Assad

Presidente da Síria Bashar al-Assad (à direita) encontra-se com o Ministro de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos Abdullah bin Zayed Al Nahyan, em Damasco, 9 de novembro de 2021 [Ministério de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos/Agência Anadolu]

Grupos da oposição síria lançaram uma conferência política em Doha, capital do Catar, neste fim de semana, a fim de coordenar uma nova estratégia perante os esforços de diversos países para normalizar laços com o regime de Bashar al-Assad.

O evento de dois dias — denominado “Síria até onde?” — teve início neste domingo (6), com a participação de think-tanks, entidades da sociedade civil e políticos independentes, convocado por Riad Hijab, ex-premiê de Assad até sua renúncia em 2012, em meio à revolução síria.

A conferência abarca oito sessões para produzir recomendações a todos os grupos da oposição, sobretudo diante da persistente crise política, econômica e humanitária em seu país.

Segundo o comitê organizador, “este evento coincide com incansáveis esforços do regime e seus aliados para reabilitar Bashar al-Assad, o que demanda avaliarmos formas de abordar a situação no país e meios para implementar decisões relevantes das Nações Unidas”.

O comitê reafirmou ainda que a conferência busca resgatar a transição política na Síria.

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Após Assad recapturar boa parte do território sírio, nos últimos dois anos, com ajuda de Rússia e Irã, alguns países passaram a descrevê-lo como autoridade legítima nacional. Omã, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Egito recentemente restauraram laços com Damasco,

A oposição síria, por outro lado, é dividida em facções distintas, que foram isoladas em pequenos bolsões no norte do país, sem força militar para resistir às tropas do regime.

Além disso, opositores alertam que a comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas abandonaram gradualmente seu compromisso com a democracia na Síria, sobretudo após negociações e promessas constitucionais nos últimos anos.

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