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General israelense sugere repetir massacre de 1948 contra palestinos do Negev

Polícia israelense prende cidadão palestino na aldeia de al-Atrash, na região do Negev, em 13 de janeiro de 2022 [MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images]

O major-general Yom-Tov Samiah, que comandou a Zona Sul do Exército de Israel durante a Segunda Intifada, sugeriu que o massacre de 1948 — conhecido Nakba ou “catástrofe”, via limpeza étnica — fosse repetido no Negev (Naqab), para expulsar dezenas de milhares de palestinos locais.

Samiah escreveu no Twitter: “A Operação Yoav será retomada para libertar o Negev. Por sorte, Shaike Gavish, que comandou a missão, ainda está vivo. Podemos aprender algumas lições”.

Yoav foi uma das duas operações de larga escala, lançadas por gangues sionistas, em outubro de 1948, que abriu espaço para a ocupação do Negev. Quase 120 mil palestinos residiam na região; contudo, após o massacre israelense, restaram apenas 30 mil pessoas.

“Se continuarmos nesse ritmo de perda de controle teremos de retomar militarmente o Negev e a Galileia”, acrescentou Samiah. “A guerra civil está à nossa porta”.

General israelense sugere repetir massacre de 1948 contra palestinos do Negev

Muitos beduínos do Negev, residentes árabes que possuem cidadania israelense, vivem em comunidades “não reconhecidas”, espalhadas no deserto situado ao sul da Palestina de ’48.

LEIA: Polícia israelense prende 41 árabes no Negev em meio a protestos

Nos últimos dias, centenas de palestinos protestaram no Negev contra a expropriação de suas terras pelo Fundo Nacional Judaico (FNJ). A polícia utilizou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo para reprimir as manifestações; diversas pessoas ficaram feridas.

Os cidadãos árabes do Negev são estimados hoje em 300 mil pessoas, vivendo em 5% de suas terras ancestrais — o restante foi confiscado por Israel desde a Nakba.

Israel tenta roubar mais terras palestinas no Negev [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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