Iêmen sofre crise aguda de combustível nas províncias controladas pelos houthis

O grupo Houthi iemenita anunciou, na noite de quinta-feira, que todas as províncias sob seu controle sofrem com uma crise aguda de combustível.

A agência de notícias Saba, afiliada aos houthis, afirmou que Ammar Al-Adrai, diretor executivo da Companhia de Petróleo afiliada ao grupo, disse que “há uma crise aguda de combustível que os cidadãos estão sofrendo em todas as províncias”.

“A empresa é capaz de fornecer combustível para todas as regiões do Iêmen por meio de suas filiais a custos mais baixos e a um preço unificado, desde que os navios de combustível possam chegar ao porto de Al-Hudaydah permanentemente sem objeção, além de as Nações Unidas realizarem seu dever básico”, acrescentou Al-Adrai, sem mais detalhes.

De acordo com a Yemeni Oil Company, controlada pelos houthis, a coalizão árabe está retendo seis navios de petróleo e impedindo-os de entrar na província de Al-Hudaydah.

A coalizão árabe já havia enfatizado sua preocupação com o fluxo de produtos básicos através do porto de Al-Hudaydah, acusando os houthis de “negociar com a situação humanitária”.

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Em um contexto relacionado, moradores locais na capital, Sana’a, que é controlada pelos houthis, relataram que a cidade superlotada sofre há dias com uma grave crise de combustível.

Os moradores afirmaram à Agência Anadolu que a crise levou à venda de derivados de petróleo no mercado negro por mais que o dobro do preço oficial, enquanto muitos motoristas de veículos pararam de trabalhar devido à crise emergencial.

O Iêmen vem testemunhando uma guerra em andamento há mais de 7 anos, entre as forças pró-governo apoiadas por uma aliança militar árabe liderada pela vizinha Arábia Saudita e os houthis apoiados pelo Irã, que controlam várias províncias, incluindo a capital, Sana’a, desde setembro de 2014.

Até o final de 2021, a guerra no Iêmen havia matado 377.000 direta e indiretamente, segundo as Nações Unidas.

A guerra levou a uma perda na economia do país estimada em US$ 126 bilhões, em uma das piores crises humanitárias e econômicas do mundo, em que a maior parte da população de 30 milhões depende de assistência.

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