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Dois palestinos são mortos por Israel

Enlutados comparecem ao funeral do palestino Baker Hashash, 21, morto por forças israelenses na Cisjordânia, em 6 de janeiro de 2022 [Jaafar Ashtiyeh/AFP/Getty Images]

Dois palestinos foram mortos  na manhã de ontem (06)  por Israel em ocasiões diferentes na Cisjordânia ocupada, informou a agência de notícias Wafa.

Baker Hashash, 21, foi baleado na cabeça depois que as forças de ocupação israelenses realizaram uma operação no campo de refugiados de Balata, a leste de Nablus, confirmaram fontes médicas e de segurança palestinas.

A mãe de Hashash, parentes e amigos se reuniram no Hospital Rafidia, onde ele sucumbiu aos ferimentos.

Ele foi o primeiro palestino a ser morto pelas forças israelenses em 2022.

Israel afirma que os ataques que realiza são essenciais para fins de inteligência, mas grupos de direitos humanos criticaram a prática, insistindo que o objetivo é oprimir e intimidar a população palestina e aumentar o controle do Estado. Como os postos de controle e o Muro de Separação ilegal, as batidas fazem parte do DNA da ocupação, dizem os críticos.

As forças de segurança do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, organizaram uma marcha fúnebre militar para Hashash em Nablus, com a presença de centenas de palestinos. O presidente disse: “Todos os lados devem assumir a responsabilidade antes que a situação saia do controle”.

LEIA: A investigação de crimes de guerra pela ONU ainda está manchada por décadas de apoio colonial a Israel

Enquanto isso, um colono israelense atropelou um palestino de 25 anos no posto de controle israelense Beit Sira esta manhã, matando-o instantaneamente, relatou a Wafa.

O homem, identificado como Mustafa Falaneh, do vilarejo de Safa, estava viajando para o trabalho. Segundo um parente, Falaneh, pai de uma menina de um ano, estava atravessando a rua quando foi atingido pelo colono.

A violência dos colonos israelenses contra os palestinos e suas propriedades é rotina na Cisjordânia ocupada. As autoridades de ocupação raramente agem contra isso.

De acordo com o movimento israelense de direitos humanos Paz Agora, há cerca de 666.000 colonos, 145 grandes assentamentos e 140 postos avançados na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental. Todos são ilegais segundo o direito internacional.

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