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Prisioneiro palestino termina sua greve de fome de 141 dias após Israel concordar com sua libertação

Sua família advertiu que ele enfrentaria a morte como resultado de seu protesto contra a instância de Israel em prendê-lo sem acusação ou julgamento por mais de um ano

Após 141 dias em greve de fome dentro das prisões israelenses, o prisioneiro palestino Hisham Abu Hawash chegou a um acordo com as autoridades de ocupação israelenses que garantem sua libertação em 26 de fevereiro.

A Comissão para Assuntos de Detidos e Ex-Detidos disse em um comunicado que Abu Hawash encerrou sua greve de fome após chegar a um acordo que encerraria sua detenção administrativa em 26 de fevereiro.

Seu advogado, Khaled Mahajneh, confirmou os relatos sobre o acordo na noite de terça-feira, considerando isso uma vitória de Abu Hawwash contra a ocupação israelense.

Abu Hawash, 40, da cidade de Dura, ao sul de Hebron, foi detido em 27 de outubro de 2020 e imediatamente colocado sob prisão administrativa por seis meses.

Sua ordem de detenção foi renovada mais de uma vez, disse a agência de notícias Wafa, observando que ele, então, decidiu fazer greve de fome em protesto contra sua detenção sem julgamento.

O grevista é casado e pai de cinco filhos. Sua saúde atingiu um estágio crítico devido à sua ação com risco de vida.

LEIA: Israel recusa-se a libertar prisioneiro palestino após 124 dias de greve de fome

Um comunicado emitido pela Sociedade de Prisioneiros Palestinos (PPS, na sigla em inglês) disse: “A batalha de Abu Hawash trouxe a questão dos prisioneiros, especificamente a questão da detenção administrativa, de volta ao primeiro plano, apesar de todos os desafios”.

Centenas de prisioneiros palestinos detidos sem julgamento ou acusação lançaram, há quatro dias, um boicote aos tribunais militares de Israel em protesto contra a detenção administrativa.

O Times of Israel noticiou que a maratona de greve de fome de Abu Hawash atraiu intenso interesse entre os palestinos, bem como pressão internacional sobre Israel.

A TV Palestina noticiou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pressionou Israel a chegar a um acordo com Abu Hawwash.

No entanto, a emissora pública de Israel Kan relatou que as ameaças de Gaza levaram o Ministério Público israelense a concordar com a libertação de Abu Hawwash em 26 de fevereiro.

Todas as facções palestinas saudaram o acordo que encerrou a greve de fome de Abu Hawwash como uma “vitória de um lutador pela liberdade”.

“O prisioneiro heroico, Hisham Abu Hawash, prova mais uma vez a capacidade do palestino de resistir, desafiar e arrancar vitórias do ocupante sionista”, disse o porta-voz do Hamas, Hazem Qasim.

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