Colonos israelenses picharam símbolos nacionalistas, palavras de ódio e expressões racistas na residência da família al-Kurd, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada.
Os irmãos al-Kurd — Muna e Mohammed — tornaram-se conhecidos internacionalmente por denunciar a ameaça de despejo vivenciada pelos residentes palestinos de Sheikh Jarrah, conforme ordens arbitrárias da ocupação para substituí-los por colonos ilegais.
Fotos que viralizaram nas redes sociais mostram estrelas-de-davi e outras marcas pichadas sobre os murais palestinos nas paredes externas da família al-Kurd.
Trata-se do segundo ataque à propriedade em menos de uma semana.
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Colonos vandalizam casa da família al-Kurd pela segunda vez em uma semana
Em maio, a polícia israelense reprimiu violentamente protestos contra a ameaça de expulsão das famílias palestinas de Sheikh Jarrah, além de ordens de demolição em Silwan.
Desde então, residentes de Jerusalém Oriental — sobretudo Silwan, que abriga entre 30 mil a 50 mil palestinos — tentam preservar suas casas através do judiciário israelense.
Em outubro, a Suprema Corte determinou que quatro famílias palestinas de Sheikh Jarrah poderiam permanecer em suas próprias casas pelos próximos 15 anos, embora como “inquilinos tutelados” da companhia israelense Nahalot Shimon.
Sob a decisão, as famílias são obrigadas a pagar aluguel e taxas legais à empresa.
Os residentes de Sheikh Jarrah recusam-se a realizar os pagamentos e insistem que não devem qualquer valor à organização colonial, de modo que residem em seus próprios imóveis.
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![Ativista palestina Muna al-Kurd realiza coletiva de imprensa em nome das famílias palestinas de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, 2 de novembro de 2021 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/12/2021-11-02-Palestinian-families-refusal-of-Israeli-courts-protected-tenancy-proposal_2.jpg)