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Israel transfere prisioneiro palestino em greve de fome à ala hospitalar

25 de novembro de 2021, às 13h40

Protesto em solidariedade aos prisioneiros palestinos em greve de fome nas cadeias de Israel, na Faixa de Gaza, 17 de novembro de 2021 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

O prisioneiro palestino Louay al-Ashkar foi transferido à ala hospitalar da penitenciária de Ramle nesta quarta-feira (24), após sua saúde deteriorar-se em meio à sua greve de fome.

Al-Ashkar permanece sem se alimentar há 47 dias.

O Escritório de Informações sobre os Prisioneiros confirmou sua transferência da prisão de al-Jalama ao centro médico de Ramle.

Al-Ashkar é um dos dois prisioneiros que mantêm seu protesto.

Hisham Abu Hawash está há 101 dias em greve de fome contra sua detenção administrativa — sem julgamento ou acusação. A família de Abu Hawash confirmou que sua audiência foi postergada novamente por cinco dias.

Na segunda-feira (22), dois prisioneiros palestinos encerraram meses de sua greve de fome, contra a política israelense de detenção administrativa.

LEIA: Prisioneiro palestino Kayed al-Fasfous conquista sua liberdade

Kayed Fasfous, de 34 anos, suspendeu seu protesto após 131 dias, sob promessas de ser libertado em 14 de dezembro. Ayyad al-Harimi, de 28 anos, completou 61 dias de greve de fome e deve ser solto em março próximo, encerrado seu período atual de custódia.

Na última semana, Miqdad al-Qawasmeh e Alaa al-Arej também suspenderam sua greve de fome, após meses de protesto, sob promessas semelhantes da ocupação.

A detenção administrativa é adotada por Israel para prender palestinos por meses e mesmo anos, sem acusação ou julgamento, em violação de seus direitos ao devido processo.

Israel mantém hoje 4.650 prisioneiros palestinos, incluindo 34 mulheres, 160 crianças e ao menos 500 pessoas em detenção administrativa.