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General Al-Burhan indica a si próprio como chefe executivo do Sudão

General Abdel Fattah al-Burhan, presidente do Conselho Soberano do Sudão, durante cerimônia militar em Cartum, 22 de setembro de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

O general Abdel Fattah al-Burhan, comandante máximo do exército sudanês, emitiu um decreto nesta quinta-feira (11) para instituir um novo governo transicional na figura do chamado Conselho Soberano. Não obstante, indicou a si próprio como presidente.

Al-Burhan e seu suplente, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hameti, mantiveram seus cargos em relação à bancada anterior, dissolvida em outubro.

Os novos incumbentes, no entanto, excluíram qualquer representante do leste do país, confirmou a televisão sudanesa. Oficiais prometeram indicá-lo mais tarde.

O novo conselho preservou alguns membros, entre os quais: Shams al-Din Khabbashi, Yasser al-Atta, Jabir Ibrahim, Malik Agar, el-Hadi Idris Yahya, el-Tahir Hajar e Raja Nicola.

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Yusuf Jad Karim, Abu al-Qasim Mohammad Ahmad, Abdul-Baqi Al-Zubair e Selmi Abdul-Jabbar foram adicionados ao gabinete de al-Burhan.

Manifestantes saíram às ruas durante a noite para contestar a recente decisão.

Segundo relatos concedidos à agência Anadolu, dezenas de pessoas tomaram as ruas nos bairros de Kafuri, Kober, Jabra e al-Kalakla, na capital sudanesa Cartum, carregando bandeiras nacionais e entoando palavras de ordem contra o novo conselho.

Al-Burhan, entretanto, assumiu posse como presidente do órgão executivo.

“Nesta noite, o tenente-general Abdel Fattah al-Burhan foi empossado presidente do Conselho Transicional Soberano, diante de Abdelaziz Fateh El-Rahman Abdeen, chefe do judiciário nacional”, confirmou em nota sua assessoria de imprensa.

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Em 25 de outubro, al-Burhan declarou “estado de emergência” e dissolveu o Conselho Soberano e o governo de transição, incitando manifestações populares.

A medida ocorreu em meio a acusações trocadas entre componentes civis e militares do governo, após uma suposta tentativa de golpe de estado, em setembro.

Antes dos avanços militares, o Sudão era administrado por um frágil acordo de compartilhamento de poder entre as Forças Armadas e as Forças por Liberdade e Mudança, a fim de culminar em eleições previstas para 2023.

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