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Kuwait e Emirados Árabes se tornam os últimos estados do Golfo a retirar diplomatas do Líbano

O Ministro da Informação do Líbano, George Kordahi, disse numa entrevista na televisão que os Houthis do Iêmen só estão se defendendo da agressão externa na forma de uma coalizão liderada pelos sauditas, causando uma disputa diplomática

O Kuwait e os Emirados Árabes Unidos se tornaram os últimos estados do Golfo a retirar seus embaixadores de Beirute, seguindo a liderança da Arábia Saudita e do Bahrein sobre uma disputa diplomática provocada pelas críticas de um ministro libanês à intervenção militar em curso no Iêmen por parte de Riad.

Na sexta-feira, a Arábia Saudita expulsou o embaixador libanês, obrigado a partir dentro de 48 horas, e chamou seu próprio enviado a Beirute, Waleed Bukhari. Riad também proibiu todas as importações do Líbano, o que aumentará a pressão sobre o país já atingido pela crise e sua economia em deterioração.

Imagens de agosto, exibidas esta semana, mostraram o Ministro da Informação do Líbano, George Kordahi, que foi nomeado para o cargo na época, descrevendo a guerra contra o Iêmen como uma agressão da coalizão liderada pela Arábia Saudita, qualificando o conflito como “fútil” e dizendo que os Houthis estavam agindo em “autodefesa”.

O governo libanês se distanciou dos comentários de Kordashi, embora Mohammad Raad, o chefe da Lealdade ao Bloco de Resistência, a ala política do Hezbollah, acusou os sauditas de buscar vingança por seu esforço de guerra fracassado no Iêmen.

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“Hoje, estamos enfrentando uma crise criada por um dos países regionais que lançou uma guerra cruel contra outro país árabe e a perdeu”, declarou, segundo o site de notícias Al-Ahed do Líbano.

“O país que perdeu a guerra agora pretende vingar sua derrota contra o Líbano desde que o Líbano ficou ao lado da nação oprimida que está sob invasão há oito anos e cujo país foi destruído em meio a tentativas de alguns partidos de fazer com que se rendesse”.

Kuwait, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos seguiram Riade de forma solidária, porém as outras nações do Golfo, Omã e Catar pediram contenção, enquanto a Liga Árabe instou os países do Golfo a “refletir sobre as medidas propostas a serem tomadas… a fim de evitar mais efeitos negativos sobre a economia libanesa em colapso”.

Em uma demonstração de apoio, funcionários do governo liderado por Houthi em Sanaa pediram a proibição de importações da Arábia Saudita em resposta ao movimento do reino contra o Líbano. Ao mesmo tempo, o porta-voz do movimento Houthi, Mohammad Abdulsalam, em uma mensagem ao povo libanês disse “Não se deixe intimidar pelo que o regime saudita está fazendo”.

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