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Lidar com o Líbano não é mais ‘frutífero ou útil’, afirma ministro saudita

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, participa de um painel de discussão, em 15 de fevereiro de 2020 [Thomas Kienzle/AFP via Getty Images]

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal Bin Farhan Al Saud, disse que seu país concluiu que lidar com o Líbano “não é mais frutífero ou útil”.

Em uma entrevista com a CNBC transmitida ontem, Bin Farhan foi questionado se a Arábia Saudita e o Líbano estavam no meio de uma crise diplomática por causa das declarações feitas pelo Ministro de Informação libanês George Kordahi, ao qual ele respondeu: “Não acho que vou chamar de crise. Chegamos à conclusão de que lidar com o Líbano e seu atual governo não é mais frutífero ou útil”.

“Dado o controle contínuo do Hezbollah da cena política, e o que acreditamos ser a abstenção contínua deste governo e dos líderes libaneses em geral de implementar as reformas e medidas necessárias para fazer uma mudança real no Líbano, decidimos que a comunicação não é mais frutífera ou útil e não atende mais aos nossos interesses.”

“As declarações do ministro representaram uma realidade, o fato de a cena política no Líbano ainda ser controlada pelo Hezbollah, grupo terrorista que, aliás, armava, apoiava e treinava as milícias Houthi”, acrescentou.

Mais cedo, a Arábia Saudita convocou seu embaixador no Líbano para consultas e ordenou que o embaixador libanês saísse dentro de 48 horas, depois que uma entrevista gravada com Kordahi em agosto foi ao ar e mostrou ele dizendo que os houthis do Iêmen estavam “se defendendo contra uma agressão externa”, em referência à coalizão árabe liderada pelos sauditas.

LEIA: Houthis erguem faixas em solidariedade ao ministro do Líbano que criticou a Arábia Saudita por causa da guerra do Iêmen

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