s conversas entre Teerã e seis potências globais, a fim de restaurar o acordo nuclear de 2015, serão retomadas até o fim de novembro, afirmou nesta quarta-feira (27) Ali Bagheri Kani, responsável iraniano pelas negociações, segundo a agência Reuters.
“Tive um diálogo bastante sério e construtivo com Enrique Mora, sobre os elementos essenciais para negociações bem sucedidas”, escreveu Kani no Twitter, após visita a Bruxelas. “Concordamos em começar novas negociações até o fim de novembro”.
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“A data exata será anunciada ao longo da próxima semana”, acrescentou.
Enrique Mora é chefe de gabinete de Josep Borrell, representante para negócios estrangeiros e política de segurança da União Europeia.
Em abril, as partes interessadas iniciaram debates sobre como recuperar o acordo, três anos após ser abandonado pelo ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Washington então restituiu sanções “sem precedentes”, sobretudo contra o petróleo iraniano.
No entanto, as conversas em Viena permanecem paralisadas desde a eleição do novo presidente iraniano Ebrahim Raisi, em junho. Espera-se que Raisi — político linha-dura, próximo ao aiatolá Ali Khamenei — assuma uma abordagem mais severa sobre as negociações.
Em resposta à pressão de Trump, Teerã instalou centrífugas avançadas para retomar pouco a pouco seu enriquecimento de urânio a níveis acima dos limites acordados.
Há meses, as potências ocidentais exortam a república islâmica a retornar à mesa, ao advertir que o programa atômico iraniano avança rapidamente.
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Robert Malley, enviado especial dos Estados Unidos sobre o Irã, enfatizou na segunda-feira (25) que os esforços para restaurar o tratado estão em “estágio crítico” e que as justificativas de Teerã para evitar o diálogo estão se esgotando.
Após seis rodadas de negociações na capital austríaca, Teerã e Washington discordam ainda sobre quais medidas precisam ser tomadas, além de um cronograma oficial. O impasse concentra-se nos limites atômicos e quais sanções serão removidas.
“O retorno da América ao acordo não importa para nós”, declarou o Ministro de Relações Exteriores do Irã Hossein Amirabdollahian, em coletiva de imprensa televisionada. “O que nos importa é que o resultado das conversas favoreçam o Irã”.
“[O Presidente dos Estados Unidos] Joe Biden tem de exercer sua boa vontade, por exemplo, ao liberar os US$10 bilhões de recursos congelados do Irã”, insistiu o chanceler.
A economia iraniana continua impossibilitada de acessar recursos em bancos estrangeiros, sobretudo oriundos de exportações de petróleo e gás natural, devido às sanções americanas restabelecidas contra seus setores bancários e de energia.








