Prisioneiro saudita Musa al-Qarni morre sob tortura, reporta ong

O prisioneiro saudita Musa al-Qarni foi espancado até a morte após dez anos de prisão, supostamente por prisioneiros extremistas, reportou ontem (19) a organização de direitos humanos Prisioneiros de Consciência, em postagem no Twitter.

“Al-Qarni foi agredido na cabeça e rosto por prisioneiros extremistas, após ser transferido pela administração carcerária, que recusou-se a alocá-lo junto de idosos”, confirmou o grupo.

Rede de direitos humanos reporta morte do sheikh Musa al-Qarni

Segundo as informações, o espancamento foi a razão pela qual as autoridades sauditas se recusaram a entregar o corpo de al-Qarni à sua família, até então.

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“A morte de al-Qarni ocorreu sábado, 9 de outubro, mas as autoridades mantiveram-na em sigilo até terça-feira (18)”, reiterou a organização humanitária.

Al-Qarni era um proeminente professor e acadêmico, com doutorado em princípios de jurisprudência. Em seu cárcere, foi submetido a maus tratos e violência, incluindo posições de estresse por longos períodos, isolamento solitário e choques elétricos.

O estudioso saudita de 67 anos servia pena de 20 anos em regime fechado, além de restrições de viagem impostas contra ele por outros 20 anos, após sua soltura.

As autoridades sauditas acusaram al-Qarni — preso desde 2011 — de “desobedecer o governante e revoltar-se contra as normas, ao participar da fundação de uma entidade secreta, com intuito de devastar o atual sistema e tomar o poder”.

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