Ataque à bomba em ônibus do exército mata 14 na Síria

Uma explosão de bomba mortal atingiu a capital síria, Damasco, durante a hora do rush desta manhã, matando pelo menos 14 militares e ferindo outros três. Um ônibus do exército foi alvo de explosivos sob a ponte Al-Rais.

Imagens e filmagens divulgadas pela agência de notícias da Síria SANA mostraram os serviços de emergência respondendo no local do ônibus carbonizado. Relatórios também afirmam que uma terceira bomba foi desativada na mesma área, tendo caído do veículo antes de explodir. O comandante da polícia de Damasco, major general Hussein Jumaa, classificou o ataque como um “ato covarde”.

Damasco evitou amplamente o nível de violência que afetou outras partes do país durante a última década de conflito. O ataque de hoje foi descrito como o mais mortal dos últimos anos. Um atentado suicida reivindicado pelo Daesh matou 31 pessoas em 2017. O governo sírio recuperou o controle total da cidade e seus arredores no ano seguinte, após expulsar o grupo terrorista.

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Embora ninguém tenha assumido a responsabilidade pelo ataque de hoje, especula-se que ele foi executado pelo Daesh, que continua sendo uma ameaça ativa no deserto oriental da Síria. O foco principal do exército sírio, no entanto, é a fortaleza do noroeste de Idlib, controlada pelos rebeldes, que é dominada pelos jihadistas de Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), um ex-afiliado da Al-Qaeda.

De acordo com a Reuters, quatro crianças foram mortas em outro ataque enquanto iam para a escola hoje na cidade síria de Idlib. A agência infantil da ONU, Unicef, confirmou que os quatro estavam entre 10 pessoas mortas e 35 feridas no bombardeio do exército sírio.

“A violência de hoje é mais um lembrete de que a guerra na Síria não acabou”, disse a agência da ONU. “Civis, entre eles muitas crianças, continuam suportando o impacto de um conflito brutal que dura uma década.”

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