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20 milhões de iemenitas estão expostos à malária, alerta OMS

Criança iemenita no campo de refugiados de Jaw al-Naseem, nos subúrbios de Marib, norte do Iêmen, 18 de fevereiro de 2021 [NABIL ALAWZARI/AFP via Getty Images]

Mais de 20 milhões de iemenitas estão em risco de contrair malária, em um momento no qual apenas metade das instalações de saúde do país ainda estão operantes, advertiu nesta terça-feira (19) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A sede regional da agência das Nações Unidas observou em relatório que 20.4 milhões de iemenitas vivem hoje em áreas expostas à transmissão de malária.

O país registra aproximadamente um milhão de novos casos todos os anos.

Em resposta à situação de risco, a OMS reafirmou seu apoio aos trabalhadores voluntários, para conduzir testes rápidos e prescrever medicamentos, além de conscientizar a população iemenita sobre maneiras de prevenção.

OMS alerta para risco de malária e comunica esforços de controle no Iêmen

“Apenas metade das instalações de saúde no Iêmen operam integral ou mesmo parcialmente, de modo que os centros ativos carecem de profissionais qualificados, assim como medicamentos e equipamentos essenciais”, destacou o relatório.

“À medida que o Iêmen continua assolado por surtos de malária e outras doenças transmitidas por vetores, é crucial fortalecer e ampliar mecanismos de controle e integrar esforços para combater os vetores, nas comunidades de todo o país”, acrescentou.

O Iêmen — país mais pobre do Oriente Médio — é assolado por uma guerra civil desde o fim de 2014, quando rebeldes houthis capturaram a capital. O conflito escalou em março seguinte, quando uma coalizão saudita interveio para restaurar o governo aliado.

Estados Unidos e Grã Bretanha apoiam ativamente a intervenção saudita, cuja escalada deixou mais de 233 mil mortos e 80% da população — 30 milhões de pessoas — dependentes de assistência humanitária para sobreviver, segundo estimativas da ONU.

LEIA: Guerra no Iêmen deixa dez mil crianças mortas ou feridas, alerta Unicef

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