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Israel negocia normalização com o estado de Comores

Presidente de Comores Azali Assoumani discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, 23 de setembro de 2021 [Timothy A. Clary/Getty Images]

Israel e Comores conduzem negociações para normalizar relações entre os países, afirmou uma fonte diplomática, segundo informações do jornal israelense The Jerusalem Post.

Comores é um pequeno arquipélago islâmico no Oceano Índico, entre Madagascar e o continente africano — próximo do litoral de Moçambique e da Tanzânia. Trata-se do único país árabe inteiramente situado no Hemisfério Sul.

Segundo relatos, Washington aproximou ambos os países para promover laços diplomáticos entre a ocupação israelense e a Liga Árabe — da qual Comores é membro.

Nesta segunda-feira (18), o Ministro de Cooperação Regional de Israel Esawi Frej alegou ao site emiradense Erem News que Catar, Tunísia, Omã e Malásia podem juntar-se em breve aos chamados Acordos de Abraão — isto é, o pacto de normalização.

“Todo país árabe no Oriente Médio, mesmo hostis, têm relações diretas ou indiretas conosco”, declarou Frej. “Vejo no horizonte distante a união de todos os estados da região”.

Os acordos de normalização assinados no último ano incluíram Emirados Árabes Unidos e Bahrein, em um primeiro momento, e Sudão e Marrocos, posteriormente.

Os palestinos denunciam que os regimes em questão abandonaram a posição unificada da Liga Árabe, segundo a qual qualquer acordo é condicional à “solução de dois estados”, cujas negociações permanecem paralisadas há anos.

Em 1994, no contexto dos Acordos de Oslo, o governo de Comores anunciou normalizar laços com a ocupação, mas a medida jamais se materializou.

Em 2013, o país insular juntou-se a um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, devido à morte de cidadãos turcos no barco Mavi Marmara, em 2010, parte da Flotilha da Liberdade, cujo intuito era levar ajuda à Faixa de Gaza sitiada.

Na ocasião, a frota humanitária foi invadida por agentes israelenses em águas internacionais. Nove ativistas foram mortos; um décimo tripulante faleceu de seus ferimentos.

LEIA: Pompeo revela condições sauditas para normalizar laços com Israel

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