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Ataques cibernéticos atingem hospitais de Israel

Paramédicos em um hospital israelense da cidade central de Kiryat Ono, em 26 de fevereiro de 2020 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]
Paramédicos em um hospital israelense da cidade central de Kiryat Ono, em 26 de fevereiro de 2020 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]

Nove hospitais e centros médicos israelenses foram submetidos a centenas de ataques cibernéticos na sexta-feira e sábado, o que representa um aumento de 72% nos incidentes do tipo em relação às últimas semanas, segundo informações da rede Arab48.

Os incidentes foram registrados pela Diretoria Nacional de Cibersegurança de Israel e reportados ao público através da emissora estatal Kan.

Segundo as informações, o Centro Médico de Hillel Yaffe em Hadera, no distrito de Haifa, foi afetado por um ataque de ransomware, que paralisou a maior parte de seu sistema de computadores, em troca de um resgate em criptomoedas.

De acordo com a rede israelense Ynet News, foram atingidas portas elétricas e sistemas de registro e alta dos pacientes admitidos nas instalações médicas.

Experts em cibersegurança, todavia, advertiram que o hospital não empregou as melhores opções para proteger-se de invasões; portanto, estava vulnerável.

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De sua parte, a empresa especializada israelense Check Point confirmou que instalações de saúde de Israel são submetidas a aproximadamente 1.400 ataques cibernéticos toda semana — duas vezes mais do que o índice global de eventos similares.

Recentemente, oficiais israelenses tentaram convocar um encontro internacional em Washington para trocar informações sobre ataques cibernéticos.

Nos últimos anos, empresas de saúde e comércio em Israel, além de outros serviços, tornaram-se alvo de invasões digitais cada vez mais frequentes.

Israel acusa hackers iranianos de executar os atentados. No entanto, Ram Levy — fundador e diretor executivo da empresa de cibersegurança Konfidas — observou que Teerã não é o único responsável por espionar e sabotar sistemas de trabalho digitais.

Em entrevista à emissora Kan, comentou Levy: “Todas as grandes potências globais participam de tais ataques. A China, por exemplo, toma parte de operações do tipo com o intuito de reforçar suas relações comerciais com Israel”.

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