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Sudaneses tomam as ruas de Cartum em nome de sua ‘revolução’

Manifestantes fecham ruas e queimam pneus durante ato contra o governo, em Cartum, capital do Sudão, 21 de outubro de 2020 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]
Manifestantes fecham ruas e queimam pneus durante ato contra o governo, em Cartum, capital do Sudão, 21 de outubro de 2020 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Milhares de manifestantes se reuniram em frente ao palácio presidencial de Cartum, capital do Sudão, para reivindicar a “restauração” da revolução popular, que depôs o longevo ditador Omar al-Bashir e incitou promessas de avanços sociais e democracia.

As informações são da agência Anadolu.

Manifestantes exibiram bandeiras sudanesas e palavras de ordem — entre as quais, “O povo paciente passa fome” e “Um povo, um exército”. Houve ainda apelos pela destituição do governo transicional, instaurado sob um acordo civil-militar.

Na quinta-feira (14), o movimento do Estatuto Nacional — parte da coligação Forças por Liberdade e Mudança — convocou protestos de massa em todo o país.

“Nós nos veremos nas ruas, neste sábado, em procissão para restaurar a revolução e restituir a vida política no Sudão”, declarou a convocatória.

O Sudão possui atualmente um governo civil e um Conselho Soberano, composto por 14 membros — cinco militares, seis representantes das Forças por Liberdade e Mudança e três outros membros empossados em fevereiro, conforme acordo de paz do último ano.

Tensões entre os componentes civis e militares do governo, no entanto, escalaram notoriamente, desde 21 de setembro, quando comandantes sudaneses alegaram frustrar uma tentativa de golpe de estado; contudo, sem conceder detalhes.

Desde 17 de setembro, não obstante, protestos tomam as ruas do Sudão, para rechaçar o acordo de paz assinado com grupos rebeldes, sob alegações de comunidades tribais de que foram efetivamente marginalizadas pelas negociações.

Desde 21 de agosto de 2019, o Sudão vivencia um período transicional de 53 meses, que deverá encerrar-se com eleições livres, no início de 2024.

LEIA: Hamdok propõe roteiro para acabar com a crise política no Sudão

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