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Na ONU, dia internacional lembra tráfico de escravos e sua abolição

Objetos usados ​​para amarrar escravos em exibição durante uma exposição na sede da ONU em Nova York [ONU/Mark Garten]

As Nações Unidas comemoram neste 23 de agosto o Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

A data lembra a revolta dos escravos em Santo Domingo, na madrugada de 22 para 23 de agosto de 1791 que deu início a movimentos de erradicação da escravatura pelo mundo e do tráfico transatlântico de seres humanos.

Meninas e mulheres

Santo Domingo equivale hoje aos territórios do Haiti e da República Dominicana juntos. Neste Dia Internacional, a ONU alerta ainda para formas contemporâneas de escravidão.

Numa mensagem, no ano passado, o secretário-geral António Guterres, lembrou que mais de 40 milhões de pessoas seguem sendo vítimas desse crime. E 71% deste total são meninas e mulheres.

Trabalhos forçados, trabalho infantil, servidão doméstica, casamentos forçados, jugos por dívida e tráfico de pessoas são algumas formas de escravidão moderna. Para Guterres, nenhuma delas pode ser aceita em pleno século 21.

Consequências

A organização lembra que a tragédia da escravatura deve oferecer uma oportunidade a todos de refletirem sobre as causas históricas, os métodos e consequências para as vítimas.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu a governos em todo o mundo para organizarem eventos que incluam toda a população numa grande aula de história com debates especialmente entre jovens, artistas e intelectuais.

Ela afirma que nesse dia, a Unesco presta tributo à memória de homens e mulheres, que se revoltaram em Santo Domingo, abrindo caminho para o fim da escravidão e de uma prática desumana.

LEIA: Brasil nunca acabou com o racismo e a escravidão

Publicado originalmente em Onu News

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