Segundo a entidade de proteção à imprensa, os quatro funcionários da companhia catariana permanecem mantidos em custódia pelo regime do presidente e general egípcio Abdel Fattah el-Sisi, apesar da recente aproximação diplomática entre Egito e Catar.
Autoridades egípcias prenderam Rabie el-Sheikh, produtor do canal Al Jazeera Mubasher, em 1° de agosto, após uma visita a Doha, acusado de “propagar notícias falsas”. Um tribunal no Cairo deve decidir sobre a extensão de sua prisão preventiva de 15 dias.
Conforme o comunicado, o Egito detém ainda dois outros jornalistas da emissora sob a mesma acusação, além de suposta filiação a um “grupo terrorista”.
Bahaa Ed-Din Ibrahim foi preso em fevereiro de 2020 — relatos indicam que foi torturado com choques elétricos e confinado na solitária por 75 dias.
Hesham Abdel Aziz foi detido em junho de 2019 e precisa de cirurgia de glaucoma. Em dezembro do mesmo ano, uma corte aprovou sua soltura, mas continuou em custódia devido à abertura de uma nova investigação contra ele.
Segundo o RSF, um quarto jornalista da Al Jazeera — cujo nome não foi revelado — está preso no Egito desde junho do último ano.
“Exortamos as autoridades egípcias a cumprir plenamente sua desescalada com o Catar e libertar todos os profissionais da Al Jazeera encarcerados no país”, declarou Sabrina Bennoui, diretora regional do RSF para o Oriente Médio.
“A retomada das atividades da Al Jazeera no Cairo não será completa enquanto repórteres continuarem a sofrer por anos de rivalidade política entre as partes”, reiterou.
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