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Estudiosos islâmicos pedem ‘união’ no Afeganistão

Refugiados afegãos chegam a Cabul em fuga das províncias ao norte devido aos avanços do Talibã, em 10 de agosto de 2021 [Haroon Sabawoon/Agência Anadolu]

Nesta terça-feira (17), a União Internacional de Sábios Islâmicos alegou estar refletindo sobre o que pode oferecer à nova liderança no Afeganistão, após o grupo Talibã capturar a capital Cabul no último domingo (15).

Ahmad al-Raysuni, presidente da entidade, afirmou em nota que sua organização está “confortável com as recentes mudanças que ocorreram no Afeganistão, nas últimas semanas”.

Al-Raisuni celebrou os “avanços do Talibã demonstrando tolerância e anistia” e expressou “otimismo sobre uma nova atmosfera conciliatória, tolerante e colaborativa”.

“Nesta nova fase, é preciso que o povo seja unido”, insistiu o líder islâmico. “Esperamos ver todos os grupos religiosos, regionais e étnicos em um Afeganistão coeso, unido pelo Islã e por seus interesses nacionais”, prosseguiu al-Raysuni.

O clérigo marroquino conclamou ainda pela “construção de instituições sólidas para modernizar o estado afegão, com base na consulta e envolvimento de todos e na credibilidade e representação do povo afegão, sem exclusão ou exceção”.

O Talibã capturou a capital Cabul e o palácio presidencial no último domingo (15), após o presidente Ashraf Ghani fugir do país.

Há temores — tanto em âmbito doméstico quanto internacionais — de que seu retorno ao poder, após 20 anos de ocupação liderada pelos Estados Unidos, possa dar fim aos direitos das mulheres e instituir uma sociedade opressora e fundamentalista.

LEIA: Talibã declara fim da ocupação estrangeira no Afeganistão

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