O mufti palestino de Jerusalém, sheikh Mohammed Hussein, emitiu um apelo nesta terça-feira (10) por oposição a projetos coloniais de judaização da Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas), na cidade de Hebron, Cisjordânia ocupada.
Em nota, o líder religioso observou que a ocupação israelense planeja construir passagens, corredores e elevadores para acesso exclusivo de colonos ilegais à mesquita.
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Israel mantém escavações ilegais perto do Túmulo dos Patriarcas, na Cisjordânia ocupada
Hussein destacou que tais projetos implicam na apreensão de 300 m² de terras da mesquita, em “flagrante violação da propriedade islâmica, além de flagrante violação das leis internacionais que protegem os lugares santos e a liberdade de culto”.
Os últimos avanços da ocupação israelense tendem a escalar tensões na região, advertiu o sheikh, ao destacar que “tais planos maliciosos não alteram os direitos inalienáveis dos muçulmanos às suas mesquitas e recursos religiosos”.
O exército israelense e seus colonos prosseguem com seu expansionismo à força, em nome de uma supremacia judaica, insistiu Hussein.
“Trata-se de parte da guerra abrangente da ocupação contra todos os lugares islâmicos na Palestina, como política para judaizar as terras ocupadas”, enfatizou.
Os planos israelenses sobre o local infringem leis e resoluções internacionais. Em 2017, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) designou a Mesquita Abraâmica e a Cidade Velha de Hebron como patrimônios palestinos.
O projeto de judaização de Hebron — em árabe, al-Khalil — é coordenado pelo Departamento de Construção e Engenharia do Ministério de Segurança de Israel e monitorado pela administração civil, com previsão de entrega dentro de seis meses.
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