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Colono israelense usa arma de soldado para atirar contra palestinos na Cisjordânia

Em vídeo registrado na aldeia de al-Tuwani, colonos atacam propriedades palestinas, vandalizam árvores, atiram pedras e incendeiam casas, sob escolta da ocupação

Um colono israelense abriu fogo contra nativos palestinos na Cisjordânia, ao utilizar uma arma de um soldado da ocupação, conforme registro em vídeo divulgado pela ong B’Tselem.

Um palestino que testemunhou o incidente, em 26 de junho, relatou que o soldado entregou sua arma ao colono, embora o exército israelense insista que a arma foi tomada e disparada contra o ar, segundo informações do jornal Haaretz.

“Comigo, havia dez crianças no telhado e todos ficamos chocados”, declarou um residente palestino. “Ele não atirou no ar, atirou contra nós!”

Outra testemunha, no mesmo telhado, confirmou que o soldado entregou sua arma ao colono.

No vídeo registrado na aldeia de al-Tuwani, colonos atacam propriedades palestinas, vandalizam árvores, atiram pedras e incendeiam casas, sob escolta da ocupação.

A assessoria de imprensa do exército israelense alegou, em seguida: “Um incidente violento ocorreu entre colonos e palestinos [no qual] atiraram pedras uns aos outros e palestinos dispararam fogos de artifício contra os colonos”.

“Um soldado coletou um residente em um veículo militar para orientar seu caminho; quando chegou ao local, pedras foram atiradas contra o veículo”, prosseguiu o comunicado militar. “Em resposta, o residente tomou a arma do soldado e disparou contra o ar”.

“Não houve baixas”, reiterou o exército da ocupação. “Diante da gravidade do incidente, o soldado foi convocado para investigação e esclarecimentos imediatos pelo comandante da brigada e as regulações e protocolos foram reafirmados”.

Entretanto, segundo o site de notícias palestino Sada, o incidente é mais outra prova da cooperação entre colonos ilegais e o exército israelense em sua agressiva campanha contra os nativos palestinos na Cisjordânia ocupada.

Somente em maio, onze palestinos foram mortos por soldados e colonos de Israel na região.

LEIA: ONU exorta Israel a investigar assassinato de criança palestina na Cisjordânia

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