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Israel investiga a NSO por escândalo do spyware Pegasus

Edifício que abriga o grupo israelense NSO, em 28 de agosto de 2016, em Herzliya, perto de Tel Aviv [JACK GUEZ/AFP/Getty Images]
Edifício que abriga o grupo israelense NSO, em 28 de agosto de 2016, em Herzliya, perto de Tel Aviv [JACK GUEZ/AFP/Getty Images]

Após reclamações de jornalistas, políticos e defensores dos direitos humanos de serem monitorados pelo software de espionagem israelense Pegasus, o governo israelense lançou uma investigação sobre a empresa líder NSO, informou a mídia israelense na quarta-feira.

Uma declaração anunciou que representantes do Ministério da Defesa israelense visitaram a sede da NSO na terça-feira, não indicando os escritórios alvo.

De acordo com a declaração, o objetivo da visita era começar a avaliar as alegadas violações de segurança feitas contra o Pegasus da NSO.

De acordo com a mídia israelense, o início das investigações coincidiu com uma visita de dez horas do Ministro da Defesa israelense Benny Gantz a Paris.

Durante a visita, informou a mídia israelense, Gantz pretendia transmitir que o spyware vendido por Israel não invadiu o telefone do Presidente Emmanuel Macron, informou o Canal 13 de Israel.

Enquanto estava em Paris, Gantz reuniu-se com sua contraparte Florence Parly e garantiu que “Israel está levando as acusações a sério”.

O escritório de Gantz também confirmou: “Ele também informou à ministra Parly que os funcionários visitaram o escritório da NSO hoje (terça-feira) e que Israel está investigando as alegações minuciosamente”.

A NSO afirmou que seu produto se destinava apenas ao uso por agências de inteligência governamental e de aplicação da lei credíveis para combater o terrorismo e o crime.

Comentando o escândalo do spyware israelense, Judah Ari Gross escreveu no The Times of Israel: “É uma prática que se estende por décadas e atravessa as linhas políticas, com governos de esquerda sob Yitzhak Rabin supostamente assinando as vendas para a África do Sul durante o apartheid”.

Este ato, de acordo com Gross, foi repetido: “Mais tarde para Ruanda e Bósnia durante genocídios lá nos anos 90, e para casos mais recentes de governos de direita sob Benjamin Netanyahu que, supostamente, aprovou exportações de defesa para Mianmar e Sudão do Sul durante limpezas étnicas e massacres lá”.

LEIA: Pegasus, escândalo de espionagem com muito crime internacional

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