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Estado palestino afetaria interesses dos EUA no Oriente Médio, alega jornalista

Yoram Ettinger, jornalista israelense, afirmou no fim de semana que o reconhecimento de um estado palestino prejudicaria os interesses dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Ettinger insistiu que a terra histórica da Palestina é o “berço do judaísmo” e alegou que uma entidade palestina na região violaria a lei internacional — a despeito das provisões e consensos em todo o mundo e dos crimes perpetrados pela ocupação.

Segundo o repórter sionista, em conferência para o Sindicato Nacional Judaico, tanto a Liga das Nações em 1922 quanto a Organização das Nações Unidas, 23 anos depois, se comprometeram em instituir um “lar nacional judeu em toda a região”.

Um estado palestino, para Ettinger, “criaria mais um regime clandestino a uma região turbulenta, de modo a agravar a guerra e o terrorismo, inflamar a instabilidade local, exacerbar o conflito, prejudicar o processo de paz e ferir os interesses dos Estados Unidos”.

Além disso, um “recuo” israelense ao status quo anterior a 1967 “aniquilaria a posição de dissuasão de Israel e converteria o estado de força única multiplicadora a um risco estratégico a Washington, ao privá-lo de seu maior canal aéreo”.

“Uma concessão territorial dramática por parte de Israel, apoiada por um pacote financeiro internacional, levaria os palestinos a abandonar seu objetivo de eliminar o estado judeu”, sugeriu Ettinger, em detrimento dos direitos nacionais da população nativa.

O jornalista argumentou ainda que uma solução de dois estados, com apoio da Casa Branca, caso implementada, deveria outorgar menos de 20% das terras históricas à Palestina, enquanto Israel permaneceria com 80% ou mais das terras ocupadas.

A proposta contradiz até mesmo o plano de partilha da ONU de 1947 — que culminou na Nakba ou “catástrofe”, isto é, limpeza étnica do povo palestino, no ano seguinte. Conforme o plano, a divisão seria equivalente a quase 50% para cada, com leve vantagem a Israel.

LEIA: Parlamentar judeu chama colega árabe de “terrorista” no Knesset de Israel

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