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‘Não aceitaremos soldados estrangeiros no Iraque’, diz resistência do Iraque

24 de julho de 2021, às 12h26

Soldados da coalizão voam da Zona Internacional para o Aeroporto Internacional de Bagdá em um helicóptero Blackhawk dos EUA, em 31 de maio de 2021, em Bagdá, Iraque [John MooreGetty Images]

O Comitê de Coordenação da Resistência Iraquiana, que consiste de quatro grupos xiitas afiliados ao Irã, se comprometeu na sexta-feira a lutar contra qualquer soldado estrangeiro no país, informou a Agência Anadolu.

Isso aconteceu poucas horas depois do lançamento da quarta rodada de diálogo estratégico em Washington, durante a qual o ministro das Relações Exteriores, Fuad Hussein, afirmou que seu país requer o programa de armamento e treinamento dos Estados Unidos.

Hussein também confirmou que seu país está pronto para defender as missões diplomáticas e seus quartéis-generais no país, bem como as bases militares americanas que hospedam tropas americanas.

O Comitê de Coordenação da Resistência já havia assumido a responsabilidade por ataques contra alvos dos EUA no Iraque.

“Jamais aceitaremos a existência de qualquer soldado estrangeiro em nossa amada terra sob nenhum pretexto, como alegar que estão aqui como consultores”, afirmou um comunicado.

A declaração acrescentou: “Os treinadores dos EUA e a aliança internacional provaram seu fracasso durante os últimos dez anos e seu fracasso levou ao colapso das instituições militares e de segurança”.

Os Estados Unidos lideram uma aliança internacional contra o Daesh desde 2014, com cerca de 3.000 soldados destacados para o Iraque, incluindo 2.500 americanos.

Em 7 de abril deste ano, Bagdá anunciou um acordo com os Estados Unidos para transformar as tropas da aliança internacional de combatentes em consultores.

Posteriormente, Bagdá anunciou a formação de um comitê que incluía oficiais de defesa para iniciar conversações com os EUA sobre a retirada do Iraque.

Em 5 de janeiro de 2020, o Parlamento iraquiano votou pela expulsão das tropas americanas do país.

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