Um jovem foi baleado e morto durante a segunda noite de protestos contra a crise hídrica no sudoeste do Irã, reportou neste sábado (17) um oficial local, ao culpar os próprios manifestantes pelo óbito, segundo informações da agência IRNA.
O Irã enfrenta sua pior seca em cinquenta anos, de acordo com a Reuters.
A crise hídrica — com impacto no consumo residencial e na produção agropecuária, além do risco de blecautes — culminou em protestos na província rica em petróleo do Kuzestão.
“Durante o ato, agitadores atiraram contra o ar para provocar a população, mas lamentavelmente uma das balas atingiu uma pessoa presente na cena e a matou”, alegou Omid Sabripour, chefe de governo do condado de Shadegan.
Vídeos de barricadas nas rodovias e forte repressão policial viralizaram nas redes sociais.
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Protestos por água no Irã viralizam nas redes sociais
Em algumas cidades, os manifestantes expressaram indignação contra o Supremo Líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ao entoar palavras de ordem como “Morte ao ditador”.
Nas últimas semanas, milhares de trabalhadores do setor energético também conduziram protestos, em busca de melhores salários e condições profissionais, sobretudo nos campos de gás natural no sul do país e algumas refinarias nas grandes cidades.
A economia do Irã foi duramente afetada pela política de sanções dos Estados Unidos e pela pandemia de covid-19. Trabalhadores reclamam do atraso de salários e pensionistas protestam há meses. A inflação a 50% e o alto desemprego alimentam os protestos.








