Regime sírio matou 5.200 pessoas em um hospital de Homs, revelam documentos

4 anos ago

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Novos documentos revelaram que mais de 5.200 pessoas foram mortas por ações do regime sírio em um hospital na cidade de Homs, o que amplia o escopo das evidências de crimes de guerra e lesa-humanidade ordenados pelo presidente Bashar al-Assad.

Em coletiva de imprensa no sábado (10), na cidade de Istambul, a Coalizão da Oposição Síria (COS) apresentou documentos que demonstram crimes do regime que resultaram na morte de 5.210 civis no hospital de Abdul Qader al-Shaqfa, no distrito de al-Waer.

Segundo a agência turca Anadolu, Nasr al-Hariri, presidente da coalizão síria na diáspora, reiterou que os documentos foram emitidos pelo regime de Assad, sob carimbo das forças militares, médicos legistas e a administração do hospital.

As evidências foram supostamente vazadas por um ex-funcionário de al-Shaqfa, que agora vive no território mantido pela oposição.

Não foram divulgados detalhes sobre quando e como ocorreram as mortes, mas com base no histórico do regime, casos de tortura são bastante prováveis.

Dois anos atrás, revelou-se que forças de segurança torturaram e executaram mais de seis mil pessoas no hospital militar de al-Mezzeh, perto da capital Damasco, dentro de apenas 21 meses. O local ganhou o infame apelido de “abatedouro”.

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Em 2020, um médico sírio que trabalhava em um hospital militar em Homs — então radicado na Alemanha — foi denunciado por auxiliar tortura e assassinato de diversos pacientes.

Métodos documentados incluem suspender medicamentos, atirar contra partes do corpo, deixar feridas abertas e atear fogo nos órgãos genitais das vítimas.

No décimo relatório da Comissão Internacional de Inquérito sobre a República Árabe da Síria, sob coordenação das Nações Unidas, o hospital Abdul Qader al-Shaqfa foi listado como base de repressão do exército sírio contra a dissidência no país.

Al-Hariri reiterou que a oposição na diáspora deseja cooperar com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a União Europeia, os Estados Unidos e o Reino Unido para responsabilizar o regime de Assad por seus crimes de guerra.

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