Vereador pede cancelamento do título de cidadão paulistano de Samuel Klein

O vereador Vespoli afirmou que propôs o PDL, “por conta das graves denúncias de abuso sexual, feitas tanto por funcionários da ex-empresa dele, quanto por outras mulheres”, destacando que elas foram abusadas quando crianças, quando tinham cerca de nove anos de idade.

“O fato de ele ser um empresário de sucesso e ser milionário não pode apagar o que está sendo relatado”, disse Vespoli.“E, muito mais, a Câmara Municipal não pode homenagear pessoas dessa envergadura; até porque a homenagem não é individual de um vereador, é da Câmara Municipal dada para as pessoas que têm uma relevância na cidade de São Paulo. E a gente não pode dar nenhuma honraria, no meu ponto de vista, para qualquer pessoa que tome atitudes criminais”.

Ele afirmou que para a aprovação do PDL é preciso 37 assinaturas dos vereadores da Câmara. “Nós já temos 24, mas não está difícil conseguir que os vereadores assinem, até porque isso não é uma questão ideológica, isso é uma questão ética, moral e criminal”.

Klein recebeu a homenagem em 2006, com a justificativa de ter se destacado em “São Paulo por suas atividades profissionais voltadas para o comércio, em especial para a classe de baixa renda”.

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A Agência Pública revelou que o dono da Casas Bahia, Samuel Klein, falecido em 2014, teria mantido um esquema de aliciamento de crianças e adolescentes para a exploração sexual dentro da sede da sua empresa, em São Caetano do Sul. Nesta segunda-feira (5), a agência de jornalismo investigativo publicou uma nova reportagem revelando novos abusos. Os novos depoimentos ampliam os crimes sexuais do sionista para três décadas. Uma dessas mulheres relatou que sofreu o primeiro abuso sexual com três anos de idade, em 1983. Elas contam que ocorriam “orgias” com meninas na sede da Casas Bahia até 2013.

Em maio, o mandato coletivo “Mulheres por + Direitos” do PSOL começou uma campanha para retirar o nome de Klein de uma rua e de um centro médico de São Caetano do Sul. Por um abaixo assinado, elas tentam pressionar o prefeito para que a rua em frente à loja das Casas Bahia passe a se chamar Rua 8 de Março, em homenagem à luta das Mulheres.

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