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Sudão entregará funcionários ao TPI por alegados crimes de guerra em Darfur

Julgamento doEx-presidente sudanês Omar al-Bashir durante pelo Golpe de 1989 em Cartum, Sudão, em 15 de junho de 2021 [Mahmoud Hjaj/ Agência Anadolu]

O ministro dos Assuntos Federais do Sudão anunciou que o governo vai entregar os funcionários acusados ​​de crimes de guerra em Darfur ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Não foram fornecidos nomes ou datas para a transferência.

Buthaina Dinar fez seu comentário no final de uma reunião fechada do governo em Cartum. Ela explicou que o processo demoraria devido aos procedimentos exigidos, alguns dos quais relacionados com o Estado, incluindo acusados sendo julgadox em outros casos ligados à corrupção e ao golpe de 1989.

Desde a queda do regime do ex-presidente Omar Al-Bashir e a formação do governo de transição há cerca de dois anos, a questão da entrega dessas pessoas procuradas ao TPI tem sido um assunto controverso dentro do gabinete. Isso foi resolvido até certo ponto pelo Acordo de Paz de Juba sobre o princípio de os suspeitos comparecerem ao tribunal sem especificar os mecanismos e o local de comparecimento, e se será dentro ou fora do Sudão.

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Em sua última visita ao país há algumas semanas, a promotora do TPI, Fatou Bensouda, exigiu a extradição de Ahmed Haroun, que era um importante líder do regime deposto, para comparecer perante o tribunal de Haia, junto com Ali Kushayb. Ela acredita que eles estão envolvidos no mesmo caso.

Também estão na lista de procurados o presidente deposto e seu ministro da Defesa, Abdel Rahim Mohammed Hussein, que foram acusados ​​de cometer crimes de guerra e genocídio em Darfur. O regime de Al-Bashir rejeitou categoricamente todas as acusações.

Omar Al-Bashir permanece na Prisão Central de Kober, ao norte de Cartum, onde está desde sua deposição em 11 de abril de 2019 sob o peso de protestos populares contra a deterioração da situação econômica. Ele passou três décadas no cargo.

Em 2003, eclodiu um conflito na região de Darfur entre as forças do governo e movimentos rebeldes armados. De acordo com a ONU, 300 mil pessoas foram mortas e cerca de 2,5 milhões foram deslocadas.

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