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Palestina quer renovar acordo de troca de vacinas contra a covid com Israel

A Autoridade Palestina (AP) planeja renovar um acordo para receber 1,4 milhões de vacinas Pfizer de Israel, após rejeitar o fornecimento original devido ao fato de as vacinas estarem muito próximas de sua data de validade.

De acordo com a agência de notícias Wafa, a Ministra da Saúde da PA, Mai Alkaila, confirmou ontem que seu gabinete iria renegociar com a Pfizer e o Ministério da Saúde de Israel sobre como concluir a implementação do acordo de forma a garantir a segurança das doses.

“Vamos retomar as discussões com a Pfizer para obter as vacinas que expiram no final do mês de julho o mais rápido possível, para que tenhamos tempo suficiente para vacinar todos os grupos estabelecidos de acordo com o plano nacional de vacinação”, através do qual a AP espera alcançar uma taxa de 70% de imunidade, disse Alkaila.

A entrega inicial das doses da Pfizer-BioNtech não cumpriu “as especificações contidas no acordo e, portanto, o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh instruiu o ministro da saúde a cancelar o acordo”, disse o porta-voz da AP, Ibrahim Melhem.

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“O governo se recusa a receber vacinas que estão prestes a expirar”, acrescentou ele.

Entre as questões estava a objeção de Israel de assinar o acordo com o “Estado da Palestina”, bem como uma tentativa de impedir que as vacinas fossem para a Faixa de Gaza, que foi categoricamente rejeitada pelo Ministério da Saúde, explicou Alkaila.

Ela declarou que a responsabilidade do ministério inclui todos os palestinos. “Nós confirmamos que enviaremos as doses para qualquer lugar, e ninguém impõe sua vontade sobre este assunto”, disse ela.

Israel, que reabriu completamente após vacinar cerca de 85% de sua população adulta, enfrentou críticas pelo apartheid médico e por não compartilhar suas vacinas com os 4,5 milhões de palestinos que vivem sob sua ocupação na Cisjordânia e em Gaza.

Grupos de direitos têm dito que Israel, como potência ocupante, é obrigado a fornecer vacinas aos palestinos.

Israel nega ter tal obrigação, apontando para acordos de paz interinos alcançados com os palestinos nos anos 90.

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