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Líderes globais exortam Biden a defender o povo palestino

Presidente dos Estados Unidos Joe Biden comenta conflito no Oriente Médio, em Washington DC, 20 de maio de 2021 [Anna Moneymaker/Getty Images]
Presidente dos Estados Unidos Joe Biden comenta conflito no Oriente Médio, em Washington DC, 20 de maio de 2021 [Anna Moneymaker/Getty Images]

Acadêmicos, políticos, ativistas, ex-oficiais da ONU e vencedores do Nobel se uniram para enviar uma carta aberta ao Presidente dos Estados Unidos Joe Biden e pressioná-lo a encerrar a opressão institucionalizada de Israel contra os palestinos e seus direitos fundamentais.

Publicada na última quinta-feira (17), o documento contém a assinatura de 628 figuras de liderança em todo o mundo.

Sob o título “#NowIsTheTime: A global call to President Biden” (“Agora é a hora: Um chamado global ao presidente Biden”), a carta cita especificamente a expropriação forçada de casas e terras palestinas nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Os signatários destacam os bairros de Sheikh Jarrah e Silwan, onde residentes e nativos palestinos enfrentam ameaça arbitrária de despejo por forças da ocupação, além da agressão de colonos e soldados israelenses contra o direito de culto na Mesquita de Al-Aqsa.

“Tais eventos são a última evidência de um sistema de governo desigual e apartado”, observou a carta. “Tais políticas danificam o tecido social das comunidades e prejudicam qualquer progresso em nome de um futuro justo, democrático e pacífico”.

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Os signatários também advertiram para a crise humanitária na Faixa de Gaza, sobretudo após os onze dias de bombardeios israelenses, que deixaram ao menos 257 palestinos mortos, incluindo 66 crianças, além de milhares de desabrigados em plena pandemia.

“A lógica motriz [de Israel] levou ao recente deslocamento de 72 mil palestinos em Gaza, que buscam sobreviver à crise humanitária, causada por catorze anos de bloqueio”.

O documento também reivindicou uma postura mais firme de Biden sobre os reiterados ataques israelenses ao território costeiro, dado que o cessar-fogo instituído em maio foi violado ao menos duas vezes pelo exército sionista, desde então.

“Uma paz justa e duradoura — para todos — continuará elusiva caso a política americana mantenha um status quo que obstrui a justiça e a responsabilidade”, acrescentou.

A carta então exortou Biden a empregar uma política consistente de direitos humanos e demonstrar aos líderes israelenses que violações à lei internacional não serão mais toleradas.

“Sr. Presidente, agora é a hora de impor um novo padrão à política externa dos Estados Unidos, que possa levar à justiça e abrir caminho a uma paz duradoura”.

Entre os signatários: Mary Robinson, ex-Presidente da Irlanda e ex-comissária de direitos humanos da ONU; Jan Egeland, secretário-geral do Conselho para Refugiados da Noruega e ex-subsecretário-geral para assuntos humanitários da ONU; e Kumi Naidoo, embaixador global da Africans Rising for Justice, Peace & Dignity e ex-diretor internacional do Greenpeace.

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