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Sudão descarta força para impedir o segundo enchimento da Barragem Renascentista da Etiópia

O ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani (dir.), é recebido pela ministra das Relações Exteriores do Sudão, Mariam Sadiq Al-Mahdi (esq.), em sua chegada a Cartum, Sudão, em 24 de maio de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]
O ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani (dir.), é recebido pela ministra das Relações Exteriores do Sudão, Mariam Sadiq Al-Mahdi (esq.), em sua chegada a Cartum, Sudão, em 24 de maio de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

A ministra das Relações Exteriores do Sudão, Mariam Al-Sadiq Al-Mahdi, descartou o uso da força para impedir o segundo enchimento da Grande Barragem da Renascença Etíope (GERD, na sigla em inglês), informou a mídia sudanesa na sexta-feira.

“O primeiro enchimento da barragem foi uma facada nas costas”, disse ela em declarações à imprensa, observando que isso causou um “choque massivo” na confiança entre os dois países.

O ministro acusou a Etiópia de usar a questão da barragem para mobilizar a opinião pública internacional e africana contra o Sudão.

O Egito e o Sudão veem a barragem como uma ameaça por causa de sua dependência das águas do Nilo, enquanto a Etiópia a considera essencial para sua eletrificação e desenvolvimento.

A Barragem do Renascimento tem sido uma fonte de tensão na Bacia do Nilo desde 2011. Em abril, as negociações de uma década entre a Etiópia e os países a jusante, Egito e Sudão, chegaram a um beco sem saída.

Egito e Sudão esperavam que um acordo sobre as operações da barragem fosse alcançado antes do início do enchimento do reservatório no ano passado.

Em seguida, eles insistiram em chegar a um acordo permanente que respeite os interesses dos três países, evitando medidas unilaterais relacionadas à barragem.

A Etiópia agora se prepara para o segundo enchimento, que deve ocorrer na próxima estação chuvosa – julho e agosto.

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