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Câmara dos EUA vota para encerrar as potências da guerra do Iraque em 2002 com apoio bipartidário

Soldados dos EUA durante a invasão de 2003 em Bagdá, Iraque [DVIDSHUB/Flickr]

A Câmara dos Representantes dos EUA votou hoje para encerrar a autorização de poderes de guerra de quase duas décadas que foi originalmente planejada para lançar a invasão do Iraque em 2003, relatou a Agência Anadolu.

A votação de 268-161 teve amplo apoio bipartidário na Câmara, mas o esforço para revogar a autorização enfrenta um caminho incerto no Senado.

O líder da maioria democrática, Chuck Schumer, sinalizou sua disposição de levar a resolução à votação ainda este ano, dizendo que os poderes de guerra aprovados em 2002 não têm mais validade.

“A Guerra do Iraque acabou há quase uma década”, disse ele na quarta-feira no Twitter, observando que o Comitê de Relações Exteriores do Senado iniciará as deliberações na próxima semana. “Este Senado vai votar a revogação.”

A congressista Barbara Lee, a principal patrocinadora da resolução, disse que com a votação “estamos finalmente um passo mais perto de acabar com as guerras para sempre”.

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Ao Congresso é concedido constitucionalmente o poder de declarar guerra, não aos presidentes dos EUA, e o presidente Joe Biden é o primeiro presidente a apoiar a revogação da Autorização para o Uso da Força Militar de 2002 (AUMF) desde que foi promulgada.

Surgiram dúvidas sobre se o Congresso delegou autoridade demais para fazer a guerra à Casa Branca após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, principalmente porque as autorizações aprovadas na sequência da tragédia foram usadas muito além do que muitos consideravam seu escopo original.

A autorização visava diretamente a permissão de operações militares contra o ex-líder iraquiano Saddam Hussein, mas foi usada para justificar operações adicionais, incluindo o assassinato de um alto funcionário iraniano em Bagdá em 2020.

Uma AUMF separada aprovada em 2001 autorizou os presidentes dos EUA a visar grupos terroristas em todo o mundo, particularmente a Al-Qaeda e co-beligerantes. Ela tem sido usada de maneira muito mais abrangente do que a autorização de 2002.

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