A campanha da oposição egípcia Batel — “vazio” em árabe — condenou ontem (15) o que descreveu como “sentenças de morte injustas contra estadistas e símbolos nacionais”.
“As recentes sentenças de morte deferidas pelo regime não são nada senão uma ordem para que o povo egípcio se ajoelhe perante a tirania e se esqueça de seu sonho de mudança, liberdade e justiça”, declarou o movimento em nota.
“Estão os egípcios satisfeitos com a execução de pessoas dignas e inocentes como o ex-Ministro da Juventude Osama Yassin?”, prosseguiu o comunicado.
A campanha exortou ainda os “patriotas livres a não silenciar diante da injustiça”.
A campanha Batel foi lançada em março de 2018 para opor-se às emendas constitucionais no Egito que abriram caminho para que o general e presidente Abdel Fattah el-Sisi permaneça no poder por tempo indeterminado.
Na segunda-feira (14), a suprema corte penal do Egito manteve ordens de execução contra doze indivíduos que participaram de protestos pró-democracia em 2013, incluindo líderes da recém criminalizada Irmandade Palestina.
![Veteranos da Irmandade Muçulmana gesticulam durante julgamento sobre o caso da penitenciária de Wadi el-Natrun, no Cairo, Egito, 26 de fevereiro de 2017 [Moustafa El Shemy/Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/06/20170226_2_22078769_19302012.jpg)