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Macron diz que conversas com Turquia são vitais apesar das diferenças

Presidente francês Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu, em Paris, França em 23 de março de 2021. [Julien Mattia/Agência Anadolu]

O presidente francês Emmanuel Macron disse hoje que, apesar das divergências com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan, os dois líderes decidiram se encontrar e conversar, relata a Agência Andadolu.

“Temos divergências profundas e sabemos disso. Tivemos controvérsias às vezes, e as aceitamos. Mas, não importa quais sejam as divergências, sempre temos que conversar”, disse Macron ao jornal Le Monde, em resposta a um pergunta durante uma conferência de imprensa realizada antes da cúpula do G7 e reunião ministerial da OTAN em Bruxelas.

Macron deve ter uma reunião bilateral com Erdogan na segunda-feira em Bruxelas, no início da reunião da OTAN.

“Ambos queríamos. Acho que é uma coisa boa. Precisamos nos ver e dialogar”, disse ele.

Os dois líderes devem discutir situações internacionais relacionadas aos conflitos na Síria, Líbia e Nagorno-Karabakh. Macron disse que também deseja obter esclarecimentos da Turquia sobre questões contenciosas dentro da Otan, como a aquisição de armas sem interoperabilidade e operações unilaterais contrárias aos interesses dos aliados.

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Apesar de serem aliados da OTAN, França e Turquia enfrentaram confrontos e estão em lados opostos de conflitos na Síria, no Mediterrâneo Oriental, na Líbia e no Cáucaso. A compra pela Turquia de mísseis terra-ar russos S-400, que não podem ser integrados ao sistema de defesa da OTAN, levantou preocupações entre os membros da OTAN.

Macron acrescentou que também vai discutir as recentes políticas e legislações domésticas da França visando o Islã radical, que exacerbou um rompimento com Erdogan e levou a Turquia a boicotar os produtos franceses.

“Também desejo explicar o trabalho que a França está realizando para lutar precisamente contra o islamismo radical e contra o separatismo, mas que de forma alguma é uma abordagem de desconfiança em relação à comunidade muçulmana”, disse Macron ao jornal Le Monde.

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