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ONU está “profundamente preocupada” com as condições de 13,4 milhões de sírios deslocados internamente

Uma mulher síria caminha em um campo para sírios deslocados perto da cidade de Kafr Lusin, na fronteira com a Turquia, na província de Idlib, no noroeste da Síria, em 15 de dezembro de 2020. [AAREF WATAD/AFP via Getty Images]

A ONU está profundamente preocupada com a deterioração das condições humanitárias enfrentadas por 13,4 milhões de sírios deslocados internamente, disse em uma declaração.

“Alguns dos sírios mais vulneráveis são aqueles que se encontram no noroeste do país, onde há agora 3,4 milhões de pessoas necessitadas. Mais de 90% dessas [pessoas] são avaliadas pela ONU como estando em extrema ou catastrófica necessidade, particularmente os 2,7 milhões de homens, mulheres e crianças deslocados internamente. A maioria dos deslocados está vivendo em mais de mil campos e assentamentos informais na fronteira sírio-turca”, disse o porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Stéphane Dujarric, em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira.

Para tais pessoas, o acesso aos serviços da ONU só pode ser obtido através do Conselho de Segurança da ONU – operação transfronteiriça autorizada, onde a travessia Bab Al-Hawa continua sendo o último ponto de entrada da ONU para assistência.

Dujarric explicou que a ajuda que está sendo enviada pela equipe da ONU da Turquia para o noroeste da Síria está chegando a 2,4 milhões de sírios mensalmente; com cerca de 1.000 caminhões de ajuda atravessando a fronteira a cada mês. “Um total de 979 caminhões cruzaram somente em maio”, disse ele.

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Ele enfatizou que Bab Al-Hawa é a última linha de salvação que impede uma catástrofe humanitária para milhões de pessoas na Síria e observou que não há alternativa para a entrega de ajuda nesta escala e com este alcance.

“É por isso que o Secretário-Geral disse que uma resposta transfronteiriça em larga escala por mais 12 meses continua sendo essencial para salvar vidas”, disse ele.

A Síria tem sido assolada por uma guerra civil desde o início de 2011, quando o regime de Assad reprimiu os manifestantes pró-democracia.

Meio milhão de pessoas foram mortas e mais de 13 milhões foram deslocadas, de acordo com estimativas da ONU.

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