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Biden reconhece Israel como ‘estado judeu’; cidadãos árabes condenam postura

Presidente dos Estados Unidos Joe Biden na Casa Branca, Washington DC, 20 de maio de 2021 [Yuri Gripas/Abaca/Bloomberg via Getty Images]
Presidente dos Estados Unidos Joe Biden na Casa Branca, Washington DC, 20 de maio de 2021 [Yuri Gripas/Abaca/Bloomberg via Getty Images]

Mohammad Baraka, chefe do Alto Comitê de Acompanhamento dos Assuntos Árabes em Israel, condenou no sábado (29) uma declaração do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden na qual reivindicou o reconhecimento de Israel como “estado judeu”.

Baraka observou que o apelo de Biden ameaça a região com guerras futuras e legitima o deslocamento forçado de nativos palestinos de suas terras — desde a Nakba, ou “catástrofe”, como é descrita a criação do Estado de Israel via limpeza étnica, em 1948.

Na sexta-feira (28), Biden reafirmou seu compromisso com a ocupação: “Meu partido ainda apoia Israel. Vamos esclarecer uma coisa, até que a região reconheça categoricamente o direito de Israel existir como estado independente judeu, não heverá paz”.

Baraka comentou: “O chamado de Biden é uma adesão à lei do apartheid israelense, conhecida como lei do estado-nação, que nega aos palestinos os direitos de autodeterminação, cidadania, idioma próprio e mesmo residência em suas terras”.

Baraka descreveu o comentário do presidente americano como uma agressão ao povo palestino e seus direitos consagrados no território considerado Israel — isto é, ocupado em 1948, onde representam hoje 18% da população.

“As palavras de Biden esvaziam qualquer significado à proposta de dois estados”, acrescentou Baraka.

LEIA: EUA precisam rever a ajuda militar a Israel e sua política para o Oriente Médio

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