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Mostra traz 40 filmes de diretoras árabes

Cena do filme In Vitro, de Larissa Sansour, com a atriz palestina Hiam Abbass (esq.)
Cena do filme In Vitro, de Larissa Sansour, com a atriz palestina Hiam Abbass (esq.)

Mais de quarenta produções cinematográficas árabes dirigidas por mulheres estão na segunda edição da Mostra de Cinema Árabe Feminino, que este ano é totalmente online e com acesso permitido em quase todo o mundo. A mostra promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil começou na quarta-feira (19) e dura pouco mais de um mês, até 27 de junho. Na foto acima, cena do filme No Futuro, Eles Comiam da Melhor Porcelana, de Larissa Sansour.

A seleção contém diversos formatos e gêneros cinematográficos, com curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentários. A ideia é trazer à tona a multiplicidade dessas cinematografias por meio de filmes realizados por mulheres em países como Egito, Líbano, Palestina, Sudão, entre outros.

O festival é gratuito e os filmes serão exibidos virtualmente no site da mostra. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A programação conta com debates, mesas redondas e uma aula aberta com a diretora palestina Larissa Sansour, conhecida pelas obras de ficção científica. Haverá também um tributo para a diretora libanesa Jocelyne Saab (1948-2019), ex-repórter de guerra que realizou dezenas de filmes ao longo de sua carreira, e uma homenagem para a diretora tunisiana Moufida Tlatli (1947-2021), a primeira mulher árabe a dirigir um longa-metragem, que faleceu este ano de covid-19.

A curadoria desta edição é das brasileiras Analu Bambirra e Carol Almeida e da egípcia Alia Ayman e contempla produções com temas diversos como questões políticas, críticas sociais, conflitos familiares, utopias, amizades e masculinidades.

“A mostra faz um panorama da produção árabe e reúne filmes de ficção, experimentais, documentários e obras performáticas. Os filmes abordam as mais diversas questões e, entre os temas recorrentes, observamos a retratação de futuros possíveis e também o questionamento de universos expandidos, de existências possíveis no mundo de hoje”, diz a curadora Analu Bambirra.

Entre os 27 filmes inéditos em exibição na mostra, destacam-se Escritório de Espera, Barbès e Portão de Ceuta, dirigidos pela marroquina Randa Maroufi, que participará de um debate sobre as produções; Quando Coisas Acontecem (Palestina/Reino Unido), de Oraib Toukan; O Protesto Silencioso: Jerusalém 1929 (Palestina), com direção de Mahasen Nasser Eldin, e Você Já Matou Um Urso – ou Tornando-se Jamila (Líbano), dirigido por Marwa Arsanios.

Para entrar no clima, a mostra criou uma playlist no Spotify com músicas da trilha sonora dos filmes. Confira a programação completa de filmes, mesas redondas, debates e aulas no site da mostra.

Publicado originalmente em anba

ASSISTA: ‘Restaurante Halim’, a história de luta de uma família libanesa inaugura a série “Eu e o Brasil”

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